dr. Carlos & juiz Alexandre

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Vamos então começar pelo princípio. E para isso urge uma declaração de interesses e de desinteresses. Vamos por pontos. Depois o sumo.

  • A justiça não se pratica na comunicação social (há excepções, sim, mas que não acolhem o caso a que me refiro).
  • Um Juiz não dá entrevistas nem se pronuncia, ao de leve que seja, sobre casos que tem em mãos, tentando fazer prova da sua dignidade e aptidão.
  • Por igual razão (não maior, mas igual), o Juiz que tem em mãos a Operação Marquês não dá entrevistas. Ainda que não fale do caso, fala do caso, ao dizer do quão isento é. Do quão digno é. Quando assevera que as pessoas não o devem temer. Temo um Juiz que publicamente garante que não o devemos temer.
  • Nas últimas eleições em que Sócrates foi eleito, não só votei nele como fiz campanha por ele.
  • Hoje, e nada do que digo tem a ver com a actual situação do ex-PM, mais facilmente aceitaria uma injecção na testa do que votaria nele (é fácil apontar um erro, mais difícil é reconhecê-lo). Mas a minha questão é política, nada mais.
  • Apesar de o Sócrates ter sido melhor do que o que veio a seguir (seria uma impossibilidade material não o conseguir), não votei Sócrates nas eleições em que ele pôs o umbigo a votos.
  • E escuso-me de dizer das minhas razões para ter, então, votado diferente (certamente não no coelho). Não vem a propósito, e já gastei demasiados pontos com Sócrates (e apenas o fiz porque sei do que a casa gasta – este artigo é sobre um juiz, não sobre Sócrates).
  • É de Justiça que pretendo falar. Nada tem a ver com Sócrates. Tem tudo a ver com outro homem-umbigo. Por acaso, não fosse o acaso, têm jeitos de best friends forever.
  • Há aqui um pormenor curioso, e que me une ao Juiz Alexandre. Nem eu nem ele julgaremos a operação marquês. Eu porque sou Advogado. Ele porque escolheu ser o que é.
  • A latere, o juiz em título está a fazer um belíssimo trabalho, ele e o Procurador Teixeira, para que o Sócrates acabe absolvido. Tamanha a pesporrência processual. E isso também me aborrece.

Feito o sumário, vamos lá à matéria. À minha matéria, à minha opinião. A opinião de quem se subscreve, apenas. Não falo em nome de partidos. Não milito em nenhum, embora ultimamente tenha votado no Bloco. Não pertenço à Opus Dei nem à Maçonaria. Tendo em conta a forma como o juiz hoje se apresentou, é-me legítimo questionar se ele pode dizer o mesmo, é-me até legítimo apostar que ele não é maçon (posso, obviamente, saber mais do que pareço saber, ou até saber nada).

A partir do momento em que um Juiz – os media chamam-lhe super-juiz e não faço ideia se a questão lhe foi colocada, e se ele a refutou; que não sou adepto de pornografia judicial nos media (já me chega a “ao vivo”) – se expõe assim, eu ganho uma legitimidade que não tinha.

O meritíssimo passa a ser um homem que falou em público. Mais um. E desceu do estrado. Estamos agora à mesma altura (terá vexa minguado ou eu crescido). Bem-vindo à realidade. vexa colocou de lado a magistratura e resolveu guiar-se pelo enorme umbigo que ostenta. Não falando – e quero crer que não o fez – no caso que ora o faz rei, questiono. Tenho curiosidade, não sei se vexa esclareceu tal facto na entrevista, em saber se acaso recebeu autorização do Conselho Superior de Magistratura para esta novela em que hoje aceitou entrar. Às tantas, não é preciso. Mas coloco a questão por um motivo simples, não sei se enderece a queixa que amanhã mesmo farei ao Provedor de Justiça ou ao CSM ou a ambos. Por certo questionarei a Ordem dos Advogados (e valerá apenas como conselho) sobre o que hoje se passou.

Qual queixa? Não tens mesmo vergonha nenhuma, pá!  Até o juiz motoqueiro do processo casa pia conseguiu ser melhor. O que não faz de nenhum de vocês um juiz. Um Juiz, insisto, não aparece em horário nobre na televisão.  Os juízes não têm partido, não têm religião, não têm sexo, não têm cor, não pertencem à opus dei ou à maçonaria, não têm preferências sexuais. O homem por trás do juiz poderá ser e ter tudo isso. Será cristão, branco, macho, facho, usará cilício, será homofóbico (não isto, espero). Não são contas do meu rosário. A merda é quando eu sei de uma entrevista dada pelo Carlos Alexandre e sei (recebi um briefing, entretanto) que esteve ali um tipo que é juiz. E que felizmente julga a um nível intermédio. O que, lamentavelmente, chega para findar vidas.

Vamos lá então falar, de Advogado para isso que hoje vexa foi. Contar histórias. Não posso. Vês a diferença? Não devo. E nem quero. Acho que já passei a mensagem que queria passar. O que nos distingue, Carlos-homem, é que eu creio e luto pelo artigo segundo da nossa Constituição. A única ordem que me obriga, para além do fazer por ser um homem justo, é a Constituição.

Não sei se o Dr. Carlos ou o Juiz Alexandre podem dizer o mesmo. E a merda é essa, pá. Quem raio deu a entrevista? Foi o Juiz, o Dótor, o tipo da opus dei? Corre nos mentideros que és da opus. És? É que a partir de hoje, eu posso questionar isso. Ouvi dizer e não quero crer. O que se segue? O correio da manha? Uma entrevista à nova gente (nem sei se essa merda ainda existe).

Vexa abriu o flanco. E eu vou aproveitar. Sou Advogado, não só dos meus clientes. Mas também da res publica. E que pena não ter vexa levado o procurador Teixeira. Vexa lava, ele amacia.

Era só. E lembre-se, vexa. Um Juiz não dá entrevistas. Não pode. Um dia pode ter de julgar o entrevistador, percebe? Mas não é apenas por isso. E não, não vi a entrevista. Nem verei. Mas sei que a deu. Sei como foi anunciado. E sei quem vexa é.

Li agora que asseverou: “Não sou pessoa de quem ninguém deva ter medo. Tenho 1,69 metros no bilhete de identidade, agora estou um pouco mais magro.” Sério? Tem vexa noção da enormidade que as v/ palavras encerram? Estás mesmo a gozar o prato. Comigo e com a República. Vexa é um péssimo exemplo, sabe? E ainda ontem recebi um despacho que é a sua cara (e sim, segue mais uma queixa). E isso me dói.

Porque a Democracia e a República merecem Juízes. E o que vexa hoje fez é grave. Demasiado grave. E insisto. Não vi, nem verei a entrevista. Tamanha a gravidade. E ainda me custa a crer que a dita não seja produto da minha imaginação. Sabe como foi lida a coisa? O Juiz do Sócrates deu cabo do gajo. Acha vexa esta merda normal?

“Não tenho dinheiro ou contas bancárias em nome de amigos”? Li agora no DN que vexa vomitou tais palavras. Isso é coisa que um juiz diga num processo que está a julgar, ainda que em fase instrutória? Ou achas mesmo que o formalismo impede as gentes de perceberem de quem falas? O homem – e insisto nos pontos acima elencados; ou ainda me arranjam lugar no marquês – de quem falas é o homem que tens nas mãos (e essa acusação a duas mãos, sai ou não sai?). E isso não é bonito. E crê, umbigo, diria o mesmo se fosses tu o arguido.

Era só. Ganha vergonha. Que eu estou cheio dela, pelo que hoje fizeste. [este “tu” com que entremeei o meu texto? Não o confunda vexa, pois assim trato os meus amigos. É de nojo, mesmo, este “tu” de teclado].

Obviamente, amanhã farei tudo o que acima disse. Para que conste. E só mais uma coisa, vexa; a forma como aparece na imagem faz-me sorrir. E quiçá? Quiçá um dia o feitiço se vira contra o feiticeiro. E sou um crente no Estado de Direito Democrático. Apesar de vexa. Ou precisamente por causa de vexa.

37 thoughts on “dr. Carlos & juiz Alexandre

    • O crime teima em não aparecer.
      Um tal “Homem Justo” que diz trabalhar nos serviços financeiros dos tribunais mandou uma mensagem a dizer que a magistratura já terá gasto mais de cinco milhões de euros com a investigação Marquês.
      Mandaram procuradores a Paris onde investigaram tudo e foram aos restaurantes frequentados pelo Ex-PM, pediram certidões da Conservatória Predial francesa e contataram bancos, etc. Também foram à Suíça, ao Luxemburgo, ao Reino Unido, à Venezuela, ao Brasil, a Angola, à Argélia, às Ilhas Virgens e a quase todos os offshores das Caraíbas. .
      Para além disso contrataram revisores de contas para analisar todas as despesas do gabinete de Sócrates, enquanto PM, e todas as compras e obras feitas pelo Estado.
      O “Homem Justo” diz que, apesar de terem gasto muito dinheiro em viagens e contratos, faltam ainda faturas para cobrir todas as despesas feitas pela magistratura.
      Mesmo assim, não descobriram nada de relevo, exceto uns pequenos empréstimos do amigo Santos Silva da ordem de poucos milhares de euros, o que seria irrelevante numa sala de tribunal sem qualquer coisa mais. Por: Dieter Dellinger.

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    • “A OPERAÇÃO
      O caso Sócrates conheceu há dias mais novidades, nem mais nem menos indecorosas que as novidades anteriores.

      Centremos as coisas onde sempre estiveram.
      José Sócrates foi detido, sob pretexto de perigo de fuga, quando regressava ao país; a prisão preventiva decretou-se com invocação de “fortes indícios” de corrupção para acto ilícito.

      Correram dez meses de prisão preventiva (com quase outrotanto em liberdade provisória) e o Ministério Público ainda não conseguiu dizer que acto ilícito seria esse, embora tenha – com aquela técnica da cara séria com que o MP faz as mais desvairadas asneiras – atirado o barro à parede com uma Lei regularmente votada sob proposta elaborada pelo Ministro das Finanças (que permitia e estimulava o regresso ao país de recursos financeiros em fuga).

      E verificando-se que isso era um disparate insustentável, descobriu-se a “nova solução” de Vale de Lobo que uma resolução do Conselho de Ministros (acto obviamente colegial) teria beneficiado sem que se veja como, porque as competências em causa são autárquicas e se a autarquia estava a aplicar mal a Lei, o MP deveria ter requerido em conformidade junto do Tribunal Administrativo competente.

      Ainda estávamos assim quando há dias novas explosões informativas de um jornal tecnicamente insolvente vieram alertar para o facto do MP estar a investigar um dos advogados de defesa, porque seria sócio de uma “rent-a-car” que teria feito alguma coisa com um carro a que se liga Sócrates.

      Um dia virá em que o MP noticiará – sempre por estes modos ínvios – que está a investigar o número de obturações dentárias de Sócrates e a investigar os seus dentistas.

      Pelo caminho confessou a Hierarquia dos Tribunais uma rusticidade confrangedora e uma malevolência assustadora, o que não é pequeno problema político.

      Minutou a Hierarquia dos Tribunais – com duas excepções honrosíssimas – quase em uníssono, portanto, os “fortes indícios” onde rigorosamente não podia nem pode haver sequer suspeita séria. E já nas diversas datas em que isso foi sendo subscrito não podia haver suspeita séria.

      É agora esta tristíssima figura da Hierarquia dos Tribunais o grande argumento da imprensa insolvente – “dezenas” de magistrados confirmaram… É verdade. Infelizmente. Há um bom número de colégios decisores que reduziram a um quase-nada a respeitabilidade do aparelho judiciário inteiro.

      No TC saiu um aresto inqualificável a dizer que se pode presumir factos em processo penal usando a própria indução (sem especificações, podendo ser a empírica, por exemplo). O Supremo Tribunal de Justiça disse que não estava em contexto processual que lhe permitisse resolver as complexas questões jurídicas em presença (!) E a Relação de Lisboa, presidida pelo desembargador Vaz das Neves (gravado em escutas telefónicas dos “vistos gold”) recusou um projecto de acórdão notável que passou a declaração de voto, transmutação operada pela Senhora Presidente da Secção.

      Pelo meio e até agora, até os prazos se tornaram meramente indicativos… Durante este tempo, ou boa parte dele, o “segredo interno” vedando o acesso da defesa aos autos, serviu para proteger não o que nos autos houvesse, mas o que nos autos não estava.

      Há um problema político gravíssimo aqui. Um verdadeiro buraco na concretização da Teoria Geral do Estado. É que os Tribunais imparciais com os quais haveria de julgar-se fosse o que fosse, deixaram manifestamente de existir entre nós. Por comprometimento próprio. Foi a Hierarquia dos Tribunais quem geriu deste modo a respeitabilidade que lhe restava.

      Reabrindo agora as hostilidades e virando-se contra a equipa dos defensores, o aparelho demonstra que carece completamente de maturidade e equilíbrio para continuar só. Foi até agora incapaz de respeitar a disciplina intelectual mínima nestes autos – como de resto noutros, infelizmente – e a liberdade e segurança dos cidadãos exige que seja rapidamente colocado sob monitorização externa.

      Tudo aqui opera de acordo com o diagnóstico de Montesquieu: nas situações de opressão extrema, a ignorância é a regra nos que comandam como nos que obedecem, porque não há nada a estudar, a deliberar ou a ponderar onde basta querer. É assim que se vive aqui, como tudo o demonstra.

      É portanto imperioso requerer medidas provisórias numa queixa ao Tribunal de Estrasburgo. Ou – caso se prefira esta outra linha, que em concreto não recomendaria se alguém me pedisse a opinião – suscitar uma questão prévia de Direito da União a título de eventual reenvio prejudicial.

      Do ponto de vista político, porém, é claramente imprescindível uma reforma do aparelho judiciário que inviabilize a repetição destas confrangedoras cenas. Esta gente não pode ser deixada em condições de poder repetir. Há infelizmente carreiras que devem ser imediatamente cessadas. Evidentemente.

      Um aparelho judiciário neste nível de degradação é uma ameaça iminente à segurança do Estado (q.e.d.).

      Quanto à Operação Marquês, o processo não existe. Não há processos assim. Processos que sejam processos, correm diante de tribunais imparciais, tecnicamente suficientes, respeitando a equidade e a disciplina própria dos actos. Este processo não existe. Existem procedimentos que surgem, quase todos, como crimes indiciados. Têm-lhes chamado processo. Mas é preciso chamar-lhes outra coisa. “Operação”, parece designação aceitável.

      Sugiro vivamente que nunca mais se chame processo a isto.” (José Preto, Advogado, 8/8).

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    • Sim, também gostei muito do estilo e do fundo. Desde o princípio desta “história”, fiquei na dúvida : prender um homem por ter medo duma fuga, enquanto estava no aeroporto regressando ao pais… há qualquer coisa de pouco razoável nisso, logo no início, e com ligação directa a um princípio de campanha eleitoral, se a minha memória não falha..

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      • Veja-mos a onde são publicadas as noticias relativas ao ex primeiro ministro, as publicações são no jornal correio da manha e no expresso secundadas pelas TV SICs e correio da manhã, É sabido qual e cor politica pertencem estes destes meio de comunicação social, julgo está tudo dito.

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  1. Subscrevo quase tudo que escreveu. De facto um juiz, Alexandre ou não e mesmo que trabalhe ao Sábado nao pode dar entrevistas. Não falou desse trabalhinho ao Sábado por 75 Euros. Vergonha. Tal justiça tais media.

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    • “Há uma estratégia que passa pela condenação em praça pública de Sócrates”
      O advogado foi um dos convidados para debater, esta terça-feira, o caso José Sócrates e a manutenção da prisão preventiva do antigo primeiro-ministro. Por: Advogado Magalhães e Silva.

      Imagem dos resultados de notícias
      Sócrates devia ter sido libertado. E os argumentos do juiz derrotado são…
      Expresso – há 7 horas
      Para o juiz desembargador José Reis, não há especial complexidade na Operação …
      «Juiz: “Realidade nua e crua: Há total ausência de indícios de corrupção” !
      O juiz que acredita que José Sócrates não deveria estar preso explica as razões.
      José Reis, juiz desembargador que votou contra a declaração de especial complexidade do processo Operação Marquês, garante, após analisar todo o processo e o que constava dos autos, que “em momento algum [quando foi detido], o recorrente [José Sócrates] foi confrontado com quaisquer factos ou indícios concretos suscetíveis de integrar o crime de corrupção”.
      O juiz do Tribunal da Relação de Lisboa revela que o antigo primeiro-ministro foi apenas confrontado com “interpretações e deduções”. “Afirma-se e está subjacente que tudo é contrapartida (indevida, claro) de ‘atos do governo’, mas não se descreve um único desses atos que permita estabelecer conexão indiciária entre os mesmos e os avultados montantes dados à estampa”, garante José Reis na declaração de voto.
      Na opinião do magistrado, a acusação de um crime precedente de branqueamento de capitais apresenta-se “manifestamente incompleto dada a total ausência de descrição de indícios factuais que eventualmente possam integrar o crime de corrupção. Esta é uma realidade nua e crua”, esclarece.
      “Não há complexidade alguma em investigar o nada, o vazio”, assume o juiz sobre o mandado de libertação intitulado de complexo.» 19-06-2015.http://viriatoapedrada.blogspot.pt/…/a-maior-cabala-e-menti…

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    • QUE FEZ O SUPER JUIZ “JUSTICEIRO” CARLOS ALEXANDRE?
      “IDONIEDADE E INDEPENDÊNCIA…”

      É o juíz que ILIBOU o CDS no caso dos sobreiros e Arquivou os Submarinos.
      Carlos Alexandre
      É o juíz que ILIBOU Oliveira e Costa e os outros amigos de Cavaco no caso BPN e que não investigou nem levou a julgamento os responsáveis do mesmo.
      Carlos Alexandre

      Foi ainda o juíz que interrogou Salgado, notificando-o na sua casa, deixando-o depois sair sob caução, e que ainda NÃO PRENDEU ninguém do BES.
      Carlos Alexandre.

      TUDO o que Carlos Alexandre investiga sai, como que por magia, no SOL, no Correio da Manhã e na TVI, todos com ligações a Felícia Cabrita, que consegue sempre a primazia das informações e a quem não investiga por indícios de fuga ao segredo de justiça.

      A Felícia Cabrita fica para uma próxima intervenção.
      “Quem é o juíz que decretou a PREVENTIVA do Sócrates?

      Carlos Alexandre

      Juíz de coragem, como muitos lhe chamam, deixa a desejar e levanta-me dúvidas sobre a sua idoneidade e independência.

      Continuam felizes, ou posso dizer que temos que deixar de ser ovelhinhas neste rebanho amorfo?”Por: Luis Santos.

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  2. Pois eu fiquei a gostar mais dele! Até agora tinha a impressão que era alguém inatingível, quase uma máquina. Mas a clareza e humildade com que se descreveu, fez-me admira-lo. Sim é verdade! Parabéns por ser como é, senhor juiz Carlos Alexandre, talvez a humanidade fosse melhor se houvesse mais HOMENS assim.

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    • Esta Dra. Adelaide deve ser a tal aniga da Cabrita CM tb viajava para para Paris com a sua amiga Cabrita para anotar o que Socrates tomava ao pequeno almoço se era croissant simples ou croissant beurre, Mais uma parasita da sociedade, agora apaixonam-se pelo super carrasco.

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    • Não voto com esta justiça que prende como no tempo da PIDE.
      Já o disse e volto a afirmar. So volto a votar, quando aparecer um partido que coloque no seu programa que acabe com a prisão preventiva, salvo casos como terrorismo e fragrante delito. A justiça antes obedecia e colaborava por tal fato com a PIDE, mas nunca pensei que depois da extinção desta policia sinistra que adoptasse os piores metodos. Hoje nenhum cidadão por mais honesto que seja pode dormir descansado, tal como acontecia no tempo da outra senhora.
      Foi Aguiar Branco (PSD) como ministro da Justiça que afirmou que foi o unico setor da sociedade que não mexeu uma palha depois do 25 de abril.

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  3. O que me indigna ainda mais é que nenhum jornal ou jornalista democrata, se ainda existir, tenha levantado a sua voz para denunciar a insinuação torpe de um individuo que seria suposto fazer um julgamento imparcial. Depois do que disse, se houvesse justiça, não poderia continuar a arbitrar este processo.

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    • Uma certa sequência de (in)justiça em Portugal, no mundo da política:
      1 – Marquês de Pombal
      2 – Afonso Costa
      3 – Humberto Delgado
      4 – José Sócrates
      Qualquer semelhança é pura coincidência.
      O Marquês de Pombal, depois de preso, foi desterrado.
      Humberto Delgado teve menos sorte. Foi assassinado.
      Afonso Costa, por sinal também ele o melhor primeiro ministro da primeira Republica, o fascista Sidónio Pais manteve-o preso no forte de Elvas sem acusação, mas lançaram o boato da corrupção e a calúnia que tinha vendido os nossos soldados para combater na 1ª. grande guerra em França.
      Morreu dez anos depois em Paris na miséria.

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    • Sócrates o culpado disto tudo
      Não tarda muito virá o Rosário Teixeira dizer que:
      O queijeiro do PSD é insolvente porque o dinheiro gamado se destinou a Sócrates.
      Que o Duarte Lima não tem chêto porque era para Sócrates.
      Que o Oliveira e Costa tem apoio judiciário porque o guito era do Sócrates.
      Que o Arlindo de Carvalho afinal era testa-de-ferro do Sócrates.
      Que o Pinhal e o De Beck gamaram no BCP mas dando-o a Sócrates.
      Que o Joaquim Coimbra e os seus bancos-laranja-fantasma eram do Sócrates.
      Que afinal as almofadas do BES foram para o Sócrates.
      Que o Banif e a Famiglia estavam feitos com o Sócrates.
      Que o banco do Relvas afinal é do Sócrates.
      Que o Veiga e o irmão do Flopes são outros testas do Sócrates.
      Que o Álvaro Sobrinho só carrega as malas de guito do Sócrates.
      Que os Vistos-Laranja-Gold revertiam para Sócrates.
      Que as Tecnoformas e os dinheiros públicos da formação foram para o Sócrates.
      Que o Centro Português para a Cooperação era disfarce do Sócrates.

      E podia aqui ficar horas a divagar sobre possíveis caldinhos…do Sócrates.
      Tudo isto para justificar 23 milhões de um tipo que afinal até pedia envelopes para beber uma bica. Por: O Traste.
      OBs. Desde logo não se compreende a razão porque não é dado o mesmo tratamento a todos os casos onde está implicada gente da direita PSD/CDS tais como:- BES , BPN, SLN, Monte Branco, Face Oculta, Apito Dourado, Vistos Gold, submarinos, assassinato de Rosalina Ribeiro e já agora Técnoforma, Furacão, Portucale, Apito Dourado, Face Oculta, Remédio Santo, Dívida da Madeira, Pandur, Milénio BCP, Moderna, Porto Cale, Sobreiros, Somague, etc. etc.,

      Podes juntar mais uns, qualquer um deles já andou nas primeiras paginas do jornais e abriu telejornais com negociatas menos claras e nunca esclarecidas, Luís Filipe Menezes, Marco António Costa, Isaltino Morais, Dias Loureiro, Oliveira e Costa, Duarte Lima, Miguel Macedo, Miguel Relvas, Luis Caprichoso, Arlindo Rui, Joaquim Coimbra, Almerindo Duarte, Aprígio dos Santos, Cavaco Silva, Passos Coelho, etc …. deixei estes como exemplo, mas há muiiiiiitos mais ….. é só gente “séria”

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  4. Acho que neste país se anda sempre em “perseguição” de quem mal não faz!!!talvez se se falasse mais em “contas em nomes de amigos” o país não estivesse como está…mas isto sou só eu a pensar, eu que não sou juiz nem advogada!!

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  5. Que extraordinário texto… Subscrevo e tenho pena de não ter sido eu a escrevê- lo o que teria acontecido na íntegra com excepcção daquela parte de ter votado Sócrates… a figura deste senhor juiz já não me era muito grata e este episódio também me enojou…. Parabéns pelo texto e Tb pela coragem de o ter tornado público …. Brilhante mesmo. Cumprimentos. Ricardo Freixial.

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    • Os Papeis do Panama e a lista dos politicos e jornalistas com avença no BES.
      Na verdade acabou antes de começar, não so a noticia dos Papeis do Panama, mas tambem essa lista dos jornalistas e politicos que recebiam a avença do BES.
      E sabem meus senhores porque tal aconteceu? E que nem numa nem noutra não havia Socrates, mas havia tal como anunciaram Presidentes, primeiros ministros e ministros. Ora aqui e que a porca torce o rabo. E melhor ficar calado, porque o Socrates não aparece em nenhum lado. E melhor dar voz aos colegios privados e IMI, porque o povo continuar a papar tudo o que lhe impinge a Comunicação Social.
      http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2016/05/escandalo-panama-corrupcao-mundial.html

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    • Por vezes assisto aqui a discussões e comentários acalorados sobre o ataque da justiça a José Sócrates. como já devem ter percebido nada disto me surpreende, esta noticia é de 18 de Dezembro de 2010, leiam e entendem imediatamente porque razão Sócrates está preso…Medida de Sócrates: Os magistrados – juízes e procuradores – que residam na área da respectiva comarca vão deixar de receber 775 euros como subsídio de renda. Só os que morarem fora é que manterão tal complemento, mas com um corte de 20%. (Este governo PSD/CDS já aumentou os Juizes e Procuradores em 1300 euros). As férias foram reduzidas para 30 dias como toda a gente. Há ainda outras regalias que também levam corte,mas também os casamentos Gay e legalização do aborto, cortes nas reformas dos políticos, o mexer nas vacas sagradas, criaram muitos anticorpos.

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  6. O Juiz Carlos Alexandre , é aquilo que pode ser … todos desconhecemos o epicentro, das questões … e das limitações a que está obviamente sujeito… Falamos por fora, desconhecemos por dentro …

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    • Goste-se ou não de Sócrates, uma coisa é certa, está muitos furos acima de todos os outros políticos, da nossa praça, que têm como objectivo o poder de governar. Como foi possível que, uma boa parte dos portugueses, o tivesse preterido a favor de Passos Coelho? Uma pergunta que provoca muita incomodidade, eu sei…
      Por: Francisco Fortunato.

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  7. Boas …
    Há alturas em que a “realidade” nos faz parecer irreais e outras em que nós nos transformamos em realidade. Ou seja, queremos parecer o que somos mostrando apenas parte de algumas cenas de um capítulo pretendendo que os outros continuem a escrever o que desejamos.
    Mas, atenção a nossa vida só nos pertence exclusivamente quando não a partilhamos.
    A partir do momento que “os deusos” descem do Olímpio nunca mais serão eternos …
    O juiz em causa pôs-se a jeito. Lá diz a sabedoria popular quem não quer ser LOBO não lhe veste a pele.

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  8. Como sempre a culpa era do Sócrates!
    «Depois de milhares de processos, jornalistas ajuramentados, padres furiosos, procuradores esganados, Juízes dementes, depois de todos a documentação falsa, e da maior campanha de desinformação jamais vista:
    -Curioso! Ainda ninguém conseguiu – e o que tentaram !!! – criar a lista dos recebimentos de José Sócrates!
    Curioso, ou Impossibilidade material?
    Nem toda a filhadepuhtice, afinal, é um meio assertivo para a felicidade do reencontro da Extrema Esquerda Acéfala com a Direita Trauliteira!
    Azares que o Império tece!» Manuel Ferrer
    http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2013/11/ascensao-e-queda-de-passos-ii.html

    Precisa-se: arguido
    Ricardo Araújo Pereira, humorista: “Mas agora os socialistas têm um ex-primeiro-ministro preso, a aguardar acusação, e os sociais-democratas têm todas as suas grandes figuras em liberdade – o que se lamenta e estranha. A detenção de José Sócrates teve um impacto tão grande na vida política que Passos Coelho sentiu que até podia elogiar Dias Loureiro numa queijaria. Ou se encarcera um alto dignitário do PSD depressa, ou nos arriscamos a ver Valentim Loureiro receber um doutoramento honoris causa.”
    28 de maio de 2015.

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