Carta aberta às pessoas amarelas

Caras pessoas amarelas,

O que vos faz ir para as ruas é a escola dos filhos de cada um de vós. O que me fez e faz e fará ir para a rua, e até escrever este texto, é a escola de todos os filhos. Nunca foi “a escola do meu filho”. Foi sempre A Escola. Não vos vi por lá nessa altura. Usando o vosso vocabulário, a “escola do meu filho” andava a pagar a “escola dos vossos filhos”.

E aqui não há filhos e enteados. Fazem muito bem em lutar por um futuro melhor para os vossos filhos. Todos fazemos isso, como mães, pais e ainda que não sejamos pais ou mães (não percebem esta de nem sequer ter filhos e de, ainda assim, ter a obrigação de contribuir, pois não?).

Mas tentem ao menos perceber uma cena, a vossa liberdade de escolha (é a terceira vez que digo isto) não equivale a nenhum dever meu.

Acredito na Escola Pública (e não só porque o meu anda numa excelente escola pública). Acredito que o dinheiro até agora desbaratado pelo Estado em escolas privadas (já se deram sequer ao trabalho de perceber o que é “privado”?) vai contribuir, se aproveitado no Ensino Público, para a melhoria deste.

A culpa de não ser já de hoje para amanhã (o que lamento) é toda vossa. Foi demasiado tempo deste fartar vilanagem. Mas a Escola Pública vai compor-se, sim. Assim esta política se mantenha e não trema perante os lobbies amarelos.

No entretanto, terão mesmo de arcar sozinhos com os custos desta transição. Porque “essa” escola pública a 500 metros do vosso colégio não tem as condições deste, precisamente por causa do dinheiro que o Estado despejou no Privado, ao invés de alimentar o Ensino Público, que é o único que lhe compete.

O resto é o tal “direito à escolha”. Nunca ninguém colocou em causa o vosso direito, desde que este Governo e maioria parlamentar que o sustenta, resolveu abrir os olhos. Não o transformem é num dever meu.

Mais uma coisa. Lá atrás, quando falo de lutar… Não lutámos apenas pela Escola Pública. Mas disso nem vale a pena falar, seria demasiado para as vossas singulares e umbiguistas cabecinhas

E não, não sou dono da razão, mas pago as minhas escolhas.

Sejam dignos, façam o mesmo. Para além de que estão a fazer uma figurinha tão triste, àquele nível de um tipo sentir vergonha por acções de terceiros.

Será mandar pérolas a porcos, o que de seguida digo. Pedir-vos a decência de lutarem pelas crianças, por todos os filhos de todos os pais. Ainda assim aqui fica, e podem juntar o desafio de lutarem também por vós e pelos avós. Mas não é só vós, nem é só os avós dos vossos filhos. Um nó no cérebro, imagino.

Essa luta é transversal à sociedade, esquerda ou direita. Tem a ver com distinguir o justo do injusto.

Já termino.

Escolheram bem a cor. Amarelo. Façam por não ser amarelos. Tentem ser de todas as cores ou assim. E poderemos proporcionar um futuro melhor a todos. Enquanto andarmos todos em singulares barquinhos a remos (não, vocês não estão todos no mesmo barco), não chegaremos a lado nenhum.

Foi também pelo meu filho que escrevi estas palavras. Mas vocês nunca perceberão a diferença. Ainda assim, fica mais esta tentativa.

Escolham à vontade. Defenderei intransigentemente o vosso direito a escolher. Mas não, não vos pago o jantar.

É que não… há… dinheiro… percebem? Mas não é aqueloutro “não há dinheiro”. É que por mais dinheiro que houvesse, o Estado não tem de pagar o Privado. Tem é de assegurar meios no Público. Por mais dinheiro que houvesse, nunca haveria dinheiro para vos sustentar.

Sejam felizes, tratem dos putos e ganhem juízo.

112 thoughts on “Carta aberta às pessoas amarelas

  1. Eu, canhota também e professora na Escola Pública há já 41 anos, aqui confesso: luto também pelas crianças que andam a ser vestidas de amarelo, usadas e abusadas para puxar a comunicação social, manipuladas e assustadas com o bicho papão que nunca fui. Nem os Pais as protegem. Mas nós lá estaremos, a 900 metros do Colégio tal e tal, para os recebermos com afecto numa Escola Pública de todas as cores – a minha.

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    • Fui professora de escola pública e amava o que fazia. Era uma escola que inovava. Lembro que alfabetizei com um método avançado para a época e toda a turma estava lendo no meio do ano. Não vejo mais inovações na escola pública. Mas espero que novas professoras estejam ousando ensinar de forma inovadora, buscando caminhos que transformem a escola num espaço de alegria e aprendizagem verdadeira.

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    • Valha-me Santa ignorancia.
      Ninguém aqui foi forçado a nada, abusado, … Tenho 16 anos e marquei presença em todas as manifestações por livre vontade. Ninguém nos obriga a nada. Comprei uma tshirt amarela por dois euros, mais uma vez, apenas porque quis.
      Se existe uma escola pública e uma escola com contrato de associação, que fornece exatamente o mesmo serviço público, nos mesmos moldes, e as pessoas escolhem a com contrato de associação, talvez seja por não acreditarem tanto na estatal como é apregoado.
      Não são as instalações que fazem uma escola melhor. Se fossem, a pública ganhava largamente. São as atividades, os projetos educativos, que fazem a diferença. E nisso, a escola estatal ainda tem muito a percorrer.
      Agora se as pessoas escolhem a escola com contrato de associação, que ainda por cima fica mais barata aos contribuintes, por que motivo se há de desrespeitar a vontade do povo e ainda por cima gastar o erário público numa alternativa mais cara?

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      • “Se existe uma escola pública e uma escola com contrato de associação, que fornece exatamente o mesmo serviço público (…)” então deve-se acabar com o contrato de associação, ponto! As pessoas continuam a poder escolher o que acharem melhor.
        Se a escola privada quer concorrer (e tem direito a isso) com a escola pública, não deve receber subsídio para o fazer. Clarinho como água.
        Têm um de dois caminhos para resolver o assunto: negociar os leasings dos BMWs do Conselho de Administração da escola ou aumentar as mensalidades pagas pelos pais (neste caso, terão de ser os pais a negociar o leasing dos Classse E)

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      • Querido Pedro, ainda bem que já pensas pela tua cabeça, mas por favor, pensa mais um pouco e vais chegar à conclusão que tens realmente o direito de escolheres a melhor escola para ti, mas que eu e muitos outros como eu, temos o direito de não contribuir financeiramente para o pagamento da tua escolha !!
        !!

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      • Ó minha besta, quem te escreveu este texto? A tua mãe, o teu pai? Tu não foste de certeza porque senão percebias que o problema não são as escolhas para as escolas privadas, mas sim o pagamento das mesmas com o dinheiro de todos.

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      • Impressionante mesmo é que, só no meu concelho, há mais de 30 crianças que, com quase 1 mês do começo de aulas, ainda não têm escola porque a tão aclamada “escola pública” não tem vagas para eles, visto que ficaram com todos os outros que até gostavam de ficar nas escolas em que estavam. Agora digo-vos eu: os meus pais estão a pagar impostos para haver alunos sem escolas depois de 1 mês do começo de aulas? Muito bem.

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  2. Se você paga as suas escolhas, paga-as com os mesmos impostos que eu…
    Portanto, e numa perspectiva de um estado democrático (coisa que os canhotos não sabem o que é mas tanto apregoam para espalhar as suas palermices), cada cidadão deve ter igual tratamento mediante as suas escolhas, ora pois venha o cheque-escola, e cada um que escolha e não seja imposto ao bom estilo norte-coreano…

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      • Só defenderei o cheque-escola, quando me deixarem de cobrar a taxa de audiovisuais, uma vez que tenho um contrato com a Meo, ou quando deixar de pagar imposto sobre o valor da gasolina que já paga imposto previamente…tudo tanga. Poderia continuar; quando me derem um cheque para eu gastar num médico privado em vez de ir ao médico de família (ou fazer uma cirurgia no privado quando não tenho vez no público). Ora vão-se catar; quem quer mordomias deve pagá-las. A não ser que todos, mas todos tenham o direito de por os filhos em escola privadas…aí sim haveria igualdade de oportunidades…

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    • André Couto, essa das Coreias, Venezuelas e tal…. Mude o discurso ou cale-se para sempre. É que…… Já mete nojo, sabia??? Resigne-se ou faça como o seu idolozinho disse, não seja piegas e EMIGRE!!!

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    • O problema reside exatamente nas suas escolha que me obrigam a mim, contribuinte deste país, a pagar mais de 40% do valor que custaria ao erário público o ensino do/s seu/s filho/s se este/s frequentassem uma escola pública, como os meus filhos fizeram. Se quer realmente escolher o ensino privado para a sua prole, pague! Porque os seus filhos são tão cidadãos deste país como os meus, não há cidadãos de primeira e de segunda!….Somos todos iguais perante a Constituição deste lindo país à beira mar plantado…

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    • Venha de lá o cheque para pagar a creche PRIVADA onde a minha filha mais nova ainda anda, por não haver alternativa pública. Ou para pagar o prolongamento da minha filha mais velha que anda no PÚBLICO (e não tem piolhos, by the way) e pasmem-se… tem que pagar! Sim P.A.G.A.R. e se lutassemos todos por questões como estas???

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    • Boa noite Sr AMARELO…. quer cheque Escola ? tem escola gratuita não gosta ? tome ENO se está AGASTADO. Grandes dores de barriga que por aqui andam….è só Chupismo… KKKKKK eu estudei em colégio particular mas PAGAVA, façam o mesmo Senhores AMARELOS vergonhaaaaaaaaaaaaaaaa.

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  3. Orçamento do Ministério da Educação para 2016: 5 543 000 000€

    Pagamentos a Colégios de Ensino Particular Cooperativo por prestação de serviço público: 153 000 000 € (valor particionado por todos os 79 colégios que servem para pagar salários dos professores, pessoal não-docente e manutenção das instalações). 0,027% do orçamento do ministério da educação.

    Explique-me, por favor, o que é que o fazem o Ministério da Educação, a Fenprof e a Parque Escolar com os restantes 5 390 000 000 €? Podem-me explicar como é que a qualidade do serviço público supostamente sofre com “apenas” 99,97% do orçamento disponível a seu dispor?

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    • Essas contas andam um bocado manhosas. Não me diga que andou num daqueles colégios que inflacionam as notas para aparecerem nos rankings…

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    • Poderia responder se a sua questão fosse “Explique-me, por favor, o que é que o fazem o Ministério da Educação e a Parque Escolar com os restantes 5 390 000 000 €?”.
      Assim como está “Explique-me, por favor, o que é que o fazem o Ministério da Educação, a Fenprof e a Parque Escolar com os restantes 5 390 000 000 €?” não passa de um disparate provocatório que não merece esforço de resposta, tal a evidência da inutilidade de diálogo.

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    • Não sei se andou na pública ou na privada mas deveria fazer um refresh a matemática…. 153.000.000€ de 5.543.000.000€ não são 0.027% mas sim 2,76%.
      E mesmo que fosse os tais 0.027% seria dinheiro a mais para um ensino PRIVADO (veja a 4ª definição constante no dicionário sff)
      pri·va·do
      (latim privatus, -a, -um)
      adjectivo
      2. Que é condicionado ou reservado (ex.: acesso privado a um edifício). = PARTICULAR ≠ PÚBLICO
      3. Que diz respeito à intimidade de um indivíduo (ex.: pensamentos privados). = ÍNTIMO, PARTICULAR, PESSOAL ≠ PÚBLICO
      4. Que não pertence ao Estado (ex.: empresa privada). ≠ PÚBLICO
      5. Que está desprovido de algo ou de alguém (ex.: homem privado de liberdade). = DESTITUÍDO, FALTO
      “privado”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/privado [consultado em 03-06-2016].

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  4. Convém-lhes nāo perceber. Os amarelos continuam a argumentar para baralhar o resto do povo, mas nāo baralham. Parem de se armar em vítimas.

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    • Nem se trata de não perceber. Chega-se à conclusão que a burrice dos amarelinhos – Lilis Caneças em 2ª mão – não lhes pirmite discernir. Lamentemos antes por os seus filhos terem pais assim. Porque é toda a sociedade que paga o fruto da burrice (Lilizinhas) convenientemente selectiva.

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  5. Existem valores que têm de ser reajustados e novamente avaliados , sem duvida , mas as participações ás escolas privadas em minha opinião devem ser mantidas de forma corente. Elas trazem competitividade e qualidade ao ensino.Neste momento a Escola publica deve olhar para o exemplo de alguns privados e segui-los(é só ver o ranking).É triste quando vivemos num pais democrático onde não existe opção de escolha.
    Se eu tivesse um filho num colégio de sucesso privado e fosse obrigada a colocar o meu filho na escola publica mais próxima agradecia que me dessem o dinheiro de quanto custa o meu filho ao estado para eu puder colocá-lo na escola privada.Para não falar que os pais pagam mensalidades altas directamente dos bolsos deles.
    Para mim isto é coisa de hipócrita ….não estudem no privado vão para o publico mas os meus filhotes , lá estão a estudar no colégio XPTO.
    Eu não tenho nada contra o publico mas á excepção de algumas escolas têm de ganhar dinamismo, capacidade de gestão,qualidade e gosto pelo ensino.Deixarem-se de greves por ex(nunca vi o privado fazer greve) umas atrás das outras , é uma vergonha e tornarem exemplo de qualidade e quando isto acontecer os pais, naturalmente irão deixar lá os seus filhos para estudar.Devem ganhar por serem os melhores não pelo autoritarismo.
    Sabem o que acho? Este governo está a regredir 30 anos só para fazer vontade aos seus parceiros da coligação…e é pena que seja na educação, área fundamental para o crescimento do nosso pais no futuro.Enfim….fico triste por tanta falta de bom senso.

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    • Ensino privado é que é regressäo. Olhe para os países nórdicos. Olhe para o exemplo da Finländia onde as escolas privadas säo quase inexistentes. E depois olhem para Suécia e a burrada que deu o cheque ensino com o país a cair nos rankings depois de lhe terem aderido.
      O Estado näo existe para assegurar um pluralidade es opcöes, esse é o papel do mercado capitalista. O papel do Estado é o oposto, procura nivelar o mais possível as condicöes entre todos.
      Esta palhacada que liberdade de escolha significa que se tratam àreas como a Educacäo e saúde como quem escolhe iogurtes no supermercado tem de acabar. Abram os olhos. Por muito educados e oportunidades que os vossos filhos tenham, enquanto houver partes substanciais da populacäo pobre, ignorante e improdutiva, nem uns nem outros levam o País a lado nenhum.

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      • Ignorantes ficam os “meninos amarelinhos”. Meninos q vivem num mundo à parte. Com as notas inflacionadas para entrar na faculdade, facilmente. E Depois…sozinhos, sem carrinhas para os levar à porta da Universidade, parecem um pássaro de gaiola. Que quando se abre a porta, não sabem voar, passam a vida a cair. São presas fáceis, para esta sociedade, por vezes é cruel para estes meninos que nunca foi necessário afirmarem-se. Depois vêm as depressões, sim, porque esses jovens não sabem lidar com as frustrações da vida. Foram sempre protegidos de tudo e de todos.

        Também eu fico preocupada com a falta de responsabilidade, falta de censo destes jovens, falta de objectivos, falta de motivo, pelo qual se devem esforçar por alcançar. Alguns vão ter formação superior, mas sem valores, sem educação. Porque sabem que nada lhes falta, por isso não precisam esforçar-se por nada, nem por ninguém…

        Que sociedade vamos ter, quando precisar-mos do apoio deles. Sim. porque todos nós um dia, vamos precisar deles…

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      • Carrinhas para os levar à escola??? aqui na minha zona há 2 colégios desses, estão em aldeias onde a escola pública mais próxima que pode servir esses alunos fica a mais de 20 kms e vão todos na Rodoviária…. sozinhos!

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    • Ratings entre alunos amarelos escolhidos a dedo e alunos arco-iris irrecusáveis ?
      Não jogue areia para os olhos e compare apenas o comparável por favor.

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      • Óh Sofia.. Ainda não percebeu que nesses casos, isto é, nas área geográficas em que o estado não assegura o ensino público, os colégios não são alvo de corte?

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    • O ensino privado com contratos de associação, não é melhor que o ensino público. Basta ver os Ranks tão apregoados por quem defende a qualidade do ensino privado. Façam as comparações entre escolas publicas e privadas (com contrato de associação) e talvez acabem de vez com este argumento que só por desonestidade continua a ser usado.

      Em baixo os links para dois dos exemplo mais ouvidos nestes últimos dias: Santa Maria da Feira e Caldas da Rainha… muitos outros poderiam ser colocados aqui para desmontar este argumento que o ensino privado (com contrato de associação) é melhor que o ensino publico.

      Santa Maria da Feira
      http://www.publico.pt/ranking-das-escolas-2015/listas#/0109

      Caldas da Rainha
      http://www.publico.pt/ranking-das-escolas-2015/listas#/1006

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    • “agradecia que me dessem o dinheiro de quanto custa o meu filho ao estado para eu puder colocá-lo na escola privada”
      Concordo plenamente” O Estado deveria devolver-lhe € 669,10 euros e com isso a Vanda pagava o colégio.
      Claro que também terá de devolver € 669,10 a mim que não tenho filhos a estudar.
      http://www.pordata.pt/Portugal/Despesas+do+Estado+em+educa%C3%A7%C3%A3o+execu%C3%A7%C3%A3o+or%C3%A7amental+per+capita-868

      Tenho uma ideia ainda melhor, A Vanda receber uma percentagem do seu IRS calculado igual à percentagem da despesa total que o Estado tem com a Educação.
      http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/infografia_onde_gasta_o_estado_o_dinheiro.html

      Ora veja abaixo o ano de 2012 como exemplo. Seria simples, O Seu IRS calculado seria, por exemplo, 5 mil euros. O Estado gastou nas funções sociais 15,5% do dinheiro e desses 15.5 são gastos em Educação 24%. Portanto a Vanda teria direito a 5000 x 0.155 X 0.24= 186 euros e o colégio ficava por sua conta
      Claro que também eu teria direito a esse valor.
      Igualmente quero para a Saúde. Não quero pagar as suas idas a hospitais, etc. Nem as suas nem as do seu filhos, vacinas e outras coisas.

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    • Tem toda a razão quando diz que se o seu filho andasse num colégio privado e fosse obrigada a mudá-lo para o público, pediria o dinheiro que o Estado gasta com o aluno no publico e mantê-lo-ia no privado. Pois é aí que está o busílis da questão, se o estado gasta sensivelmente 54 mil euros por turma no público, porque é que tem que gastar 80 mil no privado. Eu acho que o problema é muito fácil de resolver, é o Estado dar ao privado o mesmo que gasta no público e os amarelos, pais dos amarelinhos que suportem os restantes 26 mil euros. Tão simples como isto!!!!

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    • Concordo em tudo o que disse, Vanda à excepçao de uma coisa… Aqui ninguém está a tirar o direito de escolha….
      Utilizando uma linguagem muito simplista e para que todos a percebam…
      Todos têm o direito a escolher a escola para os seus filhos, de um lado temos Colégios PRIVADOS e do outro Escolas PUBLICAS…. pode sim escolher uma ou outra… se escolhe a primeira opção, tem que arcar com os custos dessa mesma decisão, simples né? Claro e simples…. Não se pode escolher do cardápio uma refeição à espera que o A, B ou C da mesa do lado venha pagar a sua conta…
      Todos nós temos que viver com o orçamento que temos e não podemos gerir a nossa casa a contar com o orçamento do vizinho….

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  6. Com isto tudo continuo a não perceber qual a grande DIFERENÇA entre o ensino público e o privado….Por outro lado gostaria que se encarregassem de PERGUNTAR AOS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO quais os motivos que os levaram a matricular os seus filhos do privado em vez do público….TEM DE HAVER UMA RAZÃO que todos temos o direito de saber…..Já foi provado que o problema não é referente às verbas (pois o privado fica mais barato que o público) se não é do ensino pergunto PORQUE SERÁ ?????? Chega de politica baixa assumam e expliquem-se, por favor.

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      • André Demony sabe ao menos do que fala? Os meus filhos foram para uma escola privada, porque o estado incentivou a sua construção numa zona para satisfazer a oferta que não existia na pública naquela altura e ficavam na sua área de residência. E neste escola não existem ricos e 40% dos alunos necessitam de apoios e é frequentado por brancos, pretos, de instituições, de gente pobre, remediados! Que medo? o seu medo de andar na rua ou mandar os seus filhos sozinhos para a escola? Eu infelizmente, quando fui para o 5 ano, ia de comboio e de pois a pé, fizesse sol ou chuva, para frequentar o ensino e não morri por causa disso. E se o orçamento que é dado para as escolas privadas chega para os patrões terem lucro, ensinar e criar condições, porque é que o orçamento das escolas públicas, que é igual, não chega? Porque é que há escolas públicas sem o mínimos de condições e outras com candeeiros do Siza Vieira e mármores ao preço do ouro? Afinal onde andam o papões e os ladrões?.

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      • Medo, nojo… Ou incompetência?
        Professores que não querem ensinar (não generalizando… Há os muito bons. Mas os maus no Privado estariam no olho da rua…)
        Funcionários que não querem trabalhar …
        Directores escolares que não sabem ( nem tem formação para tal) gerir os recursos escolares….podia ficar aqui a escrever uma infindável lista.
        Tenho as minhas no privado (a pagar) saíram do público, a mais velha sempre muito boa aluna em qq das escolas…. mas altamente desmotivada no público.

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  7. Como o BE e PCP são contra tudo que é privado, o PS tem que lhe obedecer. As pessoas dizem que não quererem que os seus impostos sirvam para pagar as escolas privadas, mas afinal ninguém fala nos impostos que pagam para as públicas. Quem paga aos professores, manutenção de escolas, etç; ? Este custo será inferior?

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    • Não interessa se é mais caro ou mais barato! Os impostos são pagos por todos, até por aqueles que não têm filhos, para assegurar ensino e saúde públicos essencialmente gratuitos! É isto! E é para isto que têm que servir os nossos impostos, se depois eu quero usar outros serviços privados é escolha minha. Mas tenho que ter esses serviços públicos assegurados, para que o ensino e a saúde sejam realmente para todos!

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      • Não foi isso que disse.
        Uma escola com contrato de associação não se chama escola privada. O seu nome é escola particular ou cooperativa. Com gestão privada, sim, mas o nome correto não é esse; tanto que assim não haveria diferença entre um verdadeiro colégio/escola privada (em que os alunos pagam propinas) e estas escolas. Tem a ver com falarmos corretamente, não vá alguém pegar em dados das escolas verdadeiramente privadas e misturar com os dados das escolas particulares e cooperativas. Não seria a primeira vez que vejo alguém a comentar este assunto e a pensar que se fala de escolas privadas. Ah, e para além de evitar confusões, aumentar um bocado a sabedoria de todos, que neste assunto, parece haver muito quem fale mas saber mesmo do assunto já é outra história. Já acredita agora?

        Na verdade não, não estava familiarizada com nenhum dos termos. Agora estou. Nem sei para que traz esses termos à baila, para ser honesta. Está a querer invalidar alguma coisa que disse nesse parágrafo? Explique, por favor.

        Quanto à parte da gestão pública vs privada, assumo que devam existir casos e casos, mas não desisto do que disse antes. Quer um bom exemplo ligado à educação? Parque Escolar. Sabe de quanto foi o prejuízo deste projeto? Mais de 1000 milhões. (http://economico.sapo.pt/noticias/divida-da-parque-escolar-quase-nos-mil-milhoes_240041.html). Nas mãos de quem? Estado.

        E sim, a minha resposta é sim. Quer dizer, por que não? O Estado lucra com as escolas estatais? Nem por isso, não é com elas que vai diminuir a dívida pública, pois não? Oferece melhor ensino do que as escolas particulares e cooperativas? Os que estão lá a estudar não concordam, nem concordam muitos outros que estão na estatal (já os vi a dizerem que se é para deixarem uns ficarem nestas escolas, que pelo menos dêem oportunidade a todos de estudarem em escolas semelhantes). Seria uma forma de diversificar o ensino grátis? Seria, pois; estas escolas são preferidas pelos pais dos filhos que as enchem por algum motivo, devem-lhes dar algo de mais valioso lá do que lhes oferecem na escola estatal. Seria uma forma de avançar para o que já é a realidade dos outros europeus como os alemães, ingleses, franceses e etc? Seria.

        Sinceramente, aparte do facto de já terem gasto o dinheiro a construírem as escolas estatais (que finalmente dão resposta a toda a necessidade escolar) e de agora as precisarem de encher, dar prioridade à escola estatal em vez de à escola particular e cooperativa, é, a meu ver, um processo meramente ideológico que não beneficia em nada os alunos (que nunca devem deixar de ser a prioridade neste debate!! Estão a formar o futuro do país, ajam em conformidade.). Não quero dizer que se deva dar prioridade às escolas particulares e cooperativas, não; quero dizer que, se elas oferecem um melhor serviço público, então deixem-nas funcionar como funcionaram até agora porque os pais preferem-nas! E, no caso de terem de fechar escolas, não o façam com ideologias porque não é com ideologias que os alunos ficam mais bem formados. Fechem a de menor qualidade (estatal ou particular/cooperativa) porque só com esse padrão é que se pode elevar a qualidade de ensino, que, no fim de contas, deve ser a prioridade.
        Também não quero dizer que o ensino (não a gestão) particular seja melhor em todos os casos do que o estatal: há bons professores e funcionários nos dois casos e também existe o contrário nos dois casos. Mas, como tal, eliminem os estabelecimentos com serviço público com base na menor qualidade e deixem quem o faz melhor prestar esse serviço. Isto aplica-se, porque falamos em serviço público, quer nas escolas com CA quer nas escolas estatais. Se a escola estatal for a pior, fechem essa; se a escola particular e cooperativa for a pior, fechem essa.

        Acho que é simples.

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      • Ó D. Catarina Costa, tanto preciosismo com particular e privada (são uma e a mesma coisa) e comete um erro de palmatória confundindo dívida com prejuízo, quando dá o exemplo da Parque Escolar? É que particular e privado são a mesmíssima coisa, já prejuízo não tem nada a ver com dívida.
        Isto quando se começa a argumentar a eito e com ideias preconcebidas depois sai disto. Diga-me lá quem são os sócios dessas escolas com contratos de associação? Aposto que na escritura não está lá o,Estado nem com meio por cento. Assunto arrumado.
        Quanto à qualidade privado versus público, mais falácias atrás de falácias. Se se desinveste nas infraestruturas e no capital humano nas escolas públicas, é óbvio que a qualidade baixa. É a chamada pescadinha de rabo na boca. (Falta de) sinergias e (redução de) economia de escala. Se não entende, paciência.
        Tem um problema que se possa misturar as escolas privadas sem contrato de associação (maioria das privadas) e as com contrato de associação (minoria) mas já não se importa de generalizar quando diz que no estado se gere pior ou que as turmas são mais caras no público, uma redonda mentira que não passa a ser verdade só porque os amarelos a repetem.
        Com isto me despeço deste tema, porque 39 escolas que vão ser afectadas não me merecem mais tempo.
        Como dizia o outro, saiam da zona de conforto e adaptem-se às regras do mercado.

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      • Preciosismos que para muitos fazem diferença, não fosse a desinformação neste país dizer o mesmo.
        Mas então, não já se investiu nas escolas estatais? A Parque Escolar foi para quê?! Uma das escolas do meu concelho foi alvo da Parque Escolar e continua a ter falta de alunos em comparação com a escola com contrato de associação, que não consegue ter comparação com essa estatal em termos de condições de estabelecimento.
        Ainda assim, os pais parecem preferir as escolas particulares mesmo que tenham infraestruturas mais fracas, como acontece no meu concelho. Por alguma razão deve ser!
        E se nem pôr as estatais com candeeiros do Siza ou revestidas a mármore traz alunos para lá, então é porque as escolas com CA devem mesmo ter alguma coisa de especial que a estatal não tem. Por que é que o Estado não trata de perceber que aquelas escolas têm mesmo um valor importante para os EE?
        Opah, na questão da gestão continuo a dizer o mesmo.. se não partilha da mesma opinião, tudo bem. Agree to disagree.
        Na questão de ser mais barato ou mais caro não foi a mim que me ouviu dizer isso. Até porque o ensino estatal não tem dados claros sobre isto. Os 80.500€/turma do particular circulam por todo o lado mas valores do estatal.. é um ponto de interrogação, pelo que tenho visto.
        Mas uma coisa é certa: já nos vieram dizer que a transferência de turmas do particular para o estatal ia ser uma diferença razoável e que por isso faria sentido tirar alunos de lá. Mas se é assim tão verdade, por que é que não nos dão dados concretos como dão com o particular? É estranho não quererem mostrar que têm razão, não é?
        Até uma próxima, espero que futuros (ou atuais) filhos seus possam desfrutar destas escolas 🙂

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      • Em matéria de desinformação, os amarelos são imbatíveis. Desde dizerem que estava em causa a liberdade de escolha até martelarem os custos da escola pública e privada sob a capa de estudos que ninguém sabe quem os fez, passando pela organização da campanha amarela, com tshirts, tarjas e manual de identidade corporativa (será a mesma empresa de comunicação que é responsável pela imagem da CMPorto ou apenas copiaram o claim?) o catálogo é imbatível. Até puseram na boca do PR declarações que ele se viu obrigado a desmentir, para não falar de um parecer do TdC que fizeram aparecer truncado e desenquadrado do assunto, na imprensa. VERGONHOSA DESINFORMAÇÃO.
        Em matéria de desinformação, estamos conversados.
        A Parque Escolar foi interrompida há 4 anos. Apanhe uma máquina do tempo e venha até 2016.

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  8. O Sr. Carlos Cunha, de fundo amarelo, refere que a verba destinada às escolas com contrato de associação para pagamento de ” salários dos professores, pessoal não-docente e manutenção das instalações” representa 0,027% do orçamento do MEC. Às tantas tem razão, talvez os restantes 2,733% se destinem ao enriquecimento pessoal dos proprietários, construção de piscinas olímpicas, compra de frotas de autocarros para ir buscar os meninos a casa e outras instalações sumptuosas. Numa escola pública os alunos aprendem a calcular corretamente percentagens e a utilizar a informação de forma fidedigna, não iludindo os leitores menos atentos que logo se apressam a dizer “exato”. Mas mesmo que fossem os tais 0,027%, ou menos, não interessa, o Estado não tem que financiar empresas privadas, tem, isso sim, que garantir um sistema de ensino público de qualidade para todos. Não sou eu que o digo, é uma tal de Constituição da República Portuguesa.

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  9. E…. De repente um qualquer canhoto imbecil, julga-se dona da razão… Já imaginou ou reflectiu porque a escola pública, salvo raras e mui honrosas excepções, é má? Andamos há quantos anos a investir na escola pública seM resultados dignos? Foram os professores e sindicatos que acabaram com a deputação das escolas públicas. Eu próprio, sempre andei numa escola pública e, ainda hoje, estudo numa universidade estatal. No entanto, reconheço o estado lastimoso da escola pública. A escola não se resume a dar ou vender aulas… É muito mais que isso…e, infelizmente não é esta a realidade.

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  10. Caro Rogério em parte concordo com o seu texto no entanto gostaria de ressalvar dois aspectos: Uma passagem do mesmo onde voçês diz: “Acredito que o dinheiro até agora desbaratado pelo Estado em escolas privadas …..vai contribuir, se aproveitado no Ensino Público, para a melhoria deste”… É um grande SE…que até ao momento ainda ninguém explicou como, quando e onde é que o dinheiro poupado vai ser investido, a segunda questão prende-se com um comentário do Carlos Cunha mais acima á qual não vislumbro nenhuma resposta sua e para o qual gostaria de ver uma. O comentário em questão visa o valor inscrito no OE-2016 para a educação: 5.543.000.000€, depois visa o valor a pagar aos tais colégios: 153.000.000€ o que corresponde a 2,76% do orçamento e não os 0,027% ou seja da dotação inscrita no OE retirando estes 2.76% implica que o ME tem ao seu dispor 97,24% do OE inscrito. Como é que o ME pretende aplicar este valor na melhoria das carências existentes no ensino?..Note..NÃO ESTOU A DEFENDER os contratos de Associação…mas o que lhe estou a dizer é que as coisas não são assim tão branco no preto como escreve…e se entra pelo caminho de argumentar i.e.como diz: “A vossa liberdade de escolha não equivale a nenhum dever meu”..abre uma caixa de Pandora…porque senão alguém lhe poderá contra argumentar i.e. que o estado portugues gastou (e continua a gastar) entre 2007 a 2013 cerca de 100MILHÕES de Euros com o decreto lei 16/2007 e a liberdade de escolha de quem usufrui do consignado nesse decreto-lei não equivale a nenhum dever Meu ou seja quem quer…que pague… Pese embora não esteja a defender os contratos de associação, o que lhe digo é que me choca muito mais o gasto desmesurado do estado com este decreto-lei do que proppriamente os 153Mihões dos contratos, mas contra o 16/2007 ninguém fala….
    “Just food for Tought”….

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  11. ABAIXO OS AMARELOS QUE QUEREM CHUPAR O QUE DEVERIA IR PARA TODAS AS CRIANÇAS , SEM DISTINÇÃO !!! SÓ VÊM OS VOSSOS FILHOS , E OS OUTROS ??
    QUEREM COLÉGIOS PRIVADOS , PAGUEM E NÃO BUFEM !!!!!

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  12. Já que o Sr.canhoto diz que devemos lutar por todos os filhos aqui vai:
    -Eu mãe amarela como muitos pais e mães amarelos, defendo um ensino de qualidade e respeito ,não defendo o privado em função do ensino público, mas por experiência digo no Colégio das minhas filhas Trabalha- se ,não há greves nem tolerância de ponto .
    Uma das minhas filhas no 3 ano no ensino público teve 6 professores durante um ano ,fora os que vinham apenas uma semana,qual preparação para exames a realizar no 4 ano nada.Bem sei que há excepções mas também sei que daqui a um ano quando a minha filha sair para outra escola por acaso onde estudei não vai haver vaga, porque não sou médica,nem advogada nem tenho cunhas,sim uma escola pública que é só para alguns filhos não para todos!

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  13. Plenamente de acordo! Esses pais ( principalmente mães) narcisistas até ao absurdo, precisam de refletir bastante naquilo que estão a reclamar.

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  14. Antes de mais quero agradecer e felicitar o autor do texto pela simplicidade e emoção expressas no mesmo.

    Pessoalmente, concordo com a maioria do escrito neste texto, gostaria no entanto de participar com algumas opiniões:

    – Como em todo o tipo de mercado o negócio nasce da necessidade, e se existem tantos colégios privados deve-se em grande parte à degradação da escola pública, degradação a todos os níveis, docente, programática e muitas vezes estrutural.

    – Sim, a escola é um negócio, por muito que não gostemos de o tratar como tal, vejam-se as editoras e outros que impõem os preços dos manuais e manuais novos com o mesmo conteúdo todos os anos, sendo muitas vezes recusados pelos professores o uso do manual do ano anterior.

    – Não existe tal coisa como o privado é melhor que o público, existem é melhores ou piores condições para os alunos e corpo docente atingirem os seus objectivos, condições essas que devem ser melhoradas nos estabelecimentos públicos para que todos os alunos tenham direito a ensino de qualidade.

    – A educação, assim como a saúde (mas esta é outra conversa), deve ser gratuita e de qualidade, isso sim, é o que importa.

    O caminho é longo e possivelmente não se fará em 2 dias, mas um ponto é claro, a culpa do estado a que chegou a escola pública não é do privado!

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  15. Nem todas as escolas privadas ou com contrato de associação têm ofertas como “aulas de equitação” e “aulas de vela”. Falo porque sei e porque estudo numa escola com contrato de associação que tem mais de 60% de alunos que necessitam de subsídios para poderem comprar o material escolar necessário, uma escola necessária a toda a região onde está inserida, uma escola que vive com muitas dificuldades e mesmo assim consegue prestar um serviço de excelência.
    Não se trata de uma luta entre a escola pública e a privada, e não pensem que é devido a esta decisão que as instituições públicas vão melhorar. O que está aqui em jogo é a educação e o que esta nova medida pretende é sobrecarregar as escolas públicas, que por si só já se encontram em grandes dificuldades. O ensino e a educação de todo o nosso país vão regredir devido a esta decisão imatura.

    E se entre uma escola pública ou uma escola privada com o mesmo número de alunos fosse necessário encerrar uma, a escolha não era obrigatoriamente a privada ou com contrato de associação, mas sim aquela que apresenta menos qualidade de ensino.

    Defesa da escola.

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  16. COM BOM SENSO, TODOS FICAM A GANHAR. O QUE NÃO ESTÁ BEM DEVE SER MUDADO MAS COM REGRAS, NORMAS, E A SEU TEMPO. PORQUE TANTA PRESSA ??? HAJA BOM SENSO!

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  17. é enigmático quando avaliado dos dois lados.
    O estado tem a obrigação constitucional de proporcionar o ensino para todos, o que é certo é que nunca vai conseguir a qualidade dos privados é um facto.
    Eu como pai quero o melhor para os meus filhos e o privado é mais aliciante, como já foi enumerado anteriormente, então e os outros pais?? não querem o melhor para os seus filhos?? vamos então todos para o privado, em tudo melhor que o público, mas aqui fica uma questão! então quem tem os filhos no público? serão aqueles pais que querem menos bem aos filhos que eu?? meditem!!
    só mais uma acha…… quem lucra com os colégios privados que são subsidiados pelo estado??
    tenham uma boa noite.

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  18. Concordo que exista opção de escolha, eu escolho ir ao médico privado, mas não vou pedir ao governo que me pague o valor da consulta, quando o que compete ao governo é o sector público. Acho uma piada enorme quando vejo alguns iluminados dizerem que o ensino público não tem o mesmo nível de ensino que o privado “olhem para o ranking”, “nunca vi um colégio privado fazer greve”, eu pergunto me se as pessoas não percebem a que se deve isso?! Falta de meios e condições para as pessoas trabalharem com dignidade, ou por ser público não têm direito a lutar pelos seus direitos…? E que tal começar a pensar nos outros? Vivemos na era do “não é comigo, não quero saber”, mas depois fazem manifestações que pelo que vi, levam menos pessoas que o movimento anti José Cid… vamos tentar ser justos de uma vez por todas e canalizar esse dinheiro para as escolas públicas, para que as crianças de hoje pelo menos lutem pelo “ranking” de chegar à escola e terem igualdade de direitos e tratamento, que essa escolha não seja feita através do poder económico do seu pai ou da sua mãe ou de ambos. Qualquer dia dividem a rua ao meio e de um lado temos os com dinheiro que podem utilizar o passeio e depois temos os que não nasceram com essa sorte que só podem andar na estrada… lutem pelos vossos filhos mas lembrem se, que o sol quando nasce, nasce para todos, não só para alguns…

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  19. Quando a escola pública der condições de segurança para o meu filho aí nós falamos. É que existem escolas em que as empregadas dizem que se houver alguma “RIXA”entre os alunos só têm autorização para intervir se houver sangue. Buling isso é coisa de maricas. Quando um diretor de uma escola diz isso algo vai muito mal

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  20. Curioso…, tanta informação e tanta gente mal informada. Moro numa zona do pais que tem uma “privada”, aliás, só tem mesmo essa “privada”, porque a “publica” mais próxima dista a uma boa meia hora de distância, o que até se faz mais ou menos bem no Verão, e nos meses mais frio, as estradas cheias de gelo tornam a viagem apenas mais interessante e merecedora de umas valentes rezas para a conseguir fazer. Tudo bem. Sem problema. As “privadas” são um cancro e tem que ser eliminadas do erário puplico. Agora uma outra prespectiva que não aparece em lado nenhum. Esta zona, minada com uma “privada”, não tem uma única autoestrada por perto, ou um hospital ou até um estádio de futebol ( o estádio até dispensamos…), ou outra coisa qualquer, tipo um médico de família!!!. Agora eu pergunto: O que dizer a estas pessoas, que em vez de escolher, usaram a única opção que tinham, agora vão ser cruxificados por terem uma “privada”, mas que ainda assim, tem que pagar os hospitais, autoestradas e estádios privados e publicos que não usam? Se cada um paga o que escolhe, o que eu acho muito bem, porque têm eles que pagar algo que nem sabem onde está? Pelo menos na região não está de certeza…, ainda assim, a “privada” que tem sido a UNICA escola da região desde há mais de 40 anos, foi arrolada no grupo de escolas a “abater”… Estas pessoas, cidadãos Portugueses que pagam impostos como os nós todos, que mesmo reivindicando os mesmos serviços que o resto do pais tem, continuam privados de tanta coisa “publica” e “privada” que abunda noutras áreas…, de repente ganham o estatuto de VIP’S, ou betinhos, porque os seus filhos estudam no “privado”… A maior parte desta gente vive num ambiente rural, á moda antiga por assim dizer, mas porque a “privada” dos seus filhos, que não é melhor nem pior que qualquer outra “publica” do pais, lhe aufere um novo estatuto de “parasita que gasta os impostos dos outros”, agora têm um novo assunto para refletir: “-Se somos assim tão incovinientes, o que dizer do resto do pais que tem tudo aquilo que não temos?” Porque é que só se lembram destas zonas quando chega o Verão? Adoram as nossas praias fluviais, os nossos restaurantes pitorescos, os nossos preços baixinhos, a nossa humildade…, mas agora querem a nossa escola? É que nem se fala em pagá-la com os nossos ordenados mínimos que são a regra no interior, apenas em acabar com ela…Talvez aceitem receber umas couves, ou uns litros de azeite…
    Moral da história: Este assunto das “privadas” é apenas mais um triste episódio de mau tratamento de informação, pois só vejo comparações ou dados que ocorrem nos grandes centros urbanos, e nem por um momento se deram ao trabalho de olhar para o interior do pais. Fala-se tanto “dos que só olham para o próprio humbigo”, mas visto daqui de “dentro”, ou deste triste “interior”, só se veem pessoas da cidade, “públicos ou “privados”, a escaramuçarem a questão sem por um momento se darem ao trabalho de ponderar se não haverá mais nada a saber acerca disto. Claro que, se deu na tv é verdade! Claro que sim. Todos sabemos disso. Glória aos céus por haver TVI´s e SIC’s que nos processam a informação para não perdermos tanto tempo a pensar…
    Mesmo assim não se ralem. Claro que vamos acabar com a escola que tanto custa ao erário, claro que vamos “entrar na linha”, mas quando se dignarem a levantar a cabeça e a olhar em volta, pode já não haver é mais nada em redor, e nessa altura não vale a pena ter “pena”, pois já não estará ca ninguém, apenas os pinheiros e eucaliptos… Obrigado.

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  21. Não sou uma pessoa amarela. Sou uma pessoa, ponto. Defendo o direito dos meus filhos, sim. Quero que se mantenha a escola com contrato de associação onde eu estudei, onde a minha filha estudou, onde o meu filho estuda e para onde quero que o meu filho vá estudar. A escola pública durante décadas foi-se degradando em estruturas mas em especial em valores humanos. A falta de brio profissional foi-se instalando na escola pública. E peço desculpa a milhares de professores que seguem trabalhando, independentemente das condições e que louvo o seu empenho e dedicação. As manifestações realizadas durante anos pelos professores foram em prol da defesa dos seus direitos e não dos direitos de todos os alunos de Portugal, na defesa das suas regalias e não de melhores condições de trabalho. Claro que conheço escolas públicas de excelência. Basta olhar para o ranking “Lugar acima, lugar abaixo, todos os anos a história se repete. O ensino privado domina sem grandes obstáculos o ranking das 100 melhores escolas secundárias do país e, especialmente nos últimos anos, o olhar tinha que baixar bastante na tabela até que surgisse a primeira pública da lista. Este ano, no entanto, basta descer até ao 16º lugar, posição ocupada pela secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, que volta assim a liderar o ranking do ensino público.” Mas pergunto-me quem são os pais dos alunos destas escolas? Quem são os alunos? Quem são os professores? Adjetivam-se os pais dos alunos das escolas com contrato de associação de, egoístas,…,. Será egoísmo querer o melhor para os meus filhos? Será egoísmo pedir mais dedicação e brio a professores da escola pública e de escola com contrato de associação? Será egoísmo pedir ao estado, como o tem feito durante anos, que mantenha o financiamento das escolas com contrato de associação, se essa é a vontade de pais e alunos? Entendo que é ser, humano, pedir pelo melhor para todos sabendo sempre que a perfeição é uma utopia. A manifestação a favor das escolas com contrato de associação não é contra os professores das escolas públicas é a favor dos bons professores estejam eles na escola pública, na escola com contrato de associação ou privada.

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    • D. Teresa Melo, todo o meu respeito pela escola Particular que está a dar apoio á sua terra, nada a opor!!! este Governo mantém os casos onde não existe escolas publicas perto e muito bem.
      Aqui estamos a falar de privilegiados pagos com o herário publico, onde não tem lugar ou não devia ter lugar num país pobre como o nosso, manter os Amarelos que negam ir á escola publica porque lá ha meninos problemáticos de camadas menos privilegiadas cujo comportamento não infere uma expulsão sem poder se matricular no ano seguinte (o que acontece nos colégios).

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    • Tanga! Não seja aldrabão.

      Os colégios situados em zonas não cobertas pelo serviço público de ensino não estão a (nem vão) ser alvo de cortes. Nesses casos os contratos de associação irão continuar.

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  22. Esta abordagem é do mais demagógico que há, tipicamente incentivado por ideologias esquerdistas que tudo querem nivelar por baixo.
    Um dos meus filhos já frequentou o ensino publico e o privado. Na creche pública, ele tinha dois educadores e dois auxiliares por turma, ao contrário do privado em que foi acompanhado por uma educadora e uma auxiliar. Escusado será dizer que a qualidade do ensino e acompanhamento que recebeu foi claramente melhor no privado.
    Quanto ao argumento de que “se querem estar no privado, paguem!” Nós pagamos! E foi praticamente o mesmo valor que no público! E, de forma demagógica, posso alegar que não quero pagar quase o mesmo por um serviço pior, ainda mais a subsidiar com os meus impostos e as minhas mensalidades um sistema que gere muito pior o ensino (2 educadores e 2 auxiliares por sala, que prestam um serviço pior!!!). Ups! Lá foi o argumento da poupança…
    Finalmente, como em tantas coisas que o Estado não sabe fazer, porque não deixam a gestão das escolas aos privados ou, pelo menos, que sejam geridas como entidades privadas (autonomia real, escolha livre de professores, calendarização adequada das aquisições em vez de ser tudo de uma vez, porque estragam-se simultaneamente, etc.).
    Enquanto eu puder, e com sacrifício pessoal, irei manter os meus filhos em instituições privadas, porque a qualidade é melhor, a gestão dos recursos físicos e humanos é melhor, porque pago quase tanto no público como no privado e porque o estado, despesista diplomado, irá desbaratar facilmente o dinheiro “poupado” com a eliminação dos privados.
    Por fim, recomendo a leitura deste artigo de opinião sobre a igualdade de oportuunidades promovida pela escola pública: http://sol.sapo.pt/noticia/511834/Meninos-ricos-meninos-pobres.

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  23. Excelente texto.
    É um assunto que diz respeito a todos e uma questão de igualdade. Nem precisa existir outro argumento.
    Estas escolas foram financiadas para suprir a falta de oferta do sector público se já não cumprem esse objetivo devem deixar de ser financiadas.
    Se querem colocar os filhos no privado que paguem, o Estado não tem obrigação de pagar as suas escolhas.

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      • A gestão das escolas é outro assunto, existem melhorias a fazer no ensino público, mas este não deve ser substituído pelo privado.
        E não esquecer que há colégios privados financiados que gerem muito mal o financiamento… Até podem dar melhores condições aos alunos mas não é justo que o façam também à custa da exploração dos funcionários enquanto enriquecem as contas pessoais.
        E existem muitos colégios privados, bem geridos que não têm financiamento.

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  24. Eu acho isto tudo muito engraçado, principalmente quando se fala de rankings e coisas do género. Para quem não sabe, as verbas atribuídas a casa escola do privado têm também em consideração o aproveitamento escolar dos alunos, bem como as médias que obtêm.
    Tive as minhas filhas numa escola dessas até ao ano passado e mudei-as para o público e pude constatar a diferença abissal na qualidade de ensino.
    Quando há dinheiro envolvido todos tiram boas notas.
    Não me venham com falsos dramatismos.
    E poupem os vossos filhos. Querem mantê-los no privado, paguem!!!!
    E não lhes metam medo do ensino público que tem efectivamente qualidade.

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  25. Unfortunately my Portuguese is poor. And unfortunately, like French people, Portuguese like to write a lot of “blah blah blah” in order to stay only a small amount of “boom boom”. So, I did not fully understand what you are writing.

    But, I do follow this Portuguese ‘school war’ very close, cause I’m concerned. Your government (I can’t vote her) chose to stop funding independent schools. A system that guarantees pluralism and diversity in education. I see this as an important step backwards.

    Don’t you Portuguese citizens find it a pity that you can only choose between expensive, exclusive private education and state funded and organized free public schools?

    Aren’t you jealous that the other European citizens in their countries can choose from a wide array of schools, all freely accessible?

    Have you, Portuguese citizens, even ever heard of Freinet, Montesori, Waldorf or other method schools like open-air schools?

    Can you imagine catholic, protestant, orthodox, Muslim and Jewish schools, all funded by the government and freely accessible for whoever interested?

    All this diversity is a reality in other European countries.

    And what choice on education does your government offers your children?

    Isn’t it about time you demand of your government the same as your fellow European citizens get from theirs?

    Isn’t it about time to realize that the Portuguese children are missing out on a lot concerning education?

    Isn’t it about time to stop being victim of the divide and rule strategy of your government?

    We live in a global world marked by pluralism and diversity. When will this reflect in the educational offer in Portugal?

    Wake up, it’s 2016!

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  26. Eu estudei a vida toda em colégios pagos pelos meus pais, que já tinham andado em colégios pagos pelos meus avós. Comecei por colocar os meus filhos em colégios privados, pagos por mim, por tinha a noção, que é sempre referida nos comentários que li , que seriam melhores do que as escolas publicas. Acontece que o colégio que os meus filhos frequentavam acabava no fim do 9º ano, ainda hesitei em colocá-lo noutro colégio ou na escola publica perto de minha casa, por vontade dele foi para a ESVF, qual não foi o meu espanto quando se torna melhor aluno do que já era, entra na faculdade no curso pretendido, continua o IST com resultados muito bons. Foi para esta escola publica que foi também a minha filha e continuo muito satisfeita. Viva a boa escola publica ( que existe efetivamente).

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  27. Canhoto, estou totalmente de acordo consigo, também já tive a minha filha na escola privada quando esta andava no 1º. ciclo do ensino básico, unicamente porque os horários de trabalho de ambos os pais não permitiam ir busca-la nos horários que terminava as aulas. Vi-me obrigada a coloca-la na escola provada porque o valor que iria pagar pelo serviço de ATL pouca diferença fazia de pagar a instituição privada a tempo completo, no entanto sempre paguei as mensalidades sem nunca estar à espera de receber fosse o que fosse do estado, por esse motivo quando esta terminou o 1º. ciclo transitou de imediato para a escola pública, e sim, se o estado financiasse mais as escolas públicas provavelmente estariam criadas condições para que nas próprias escolas fosse criado condições de as crianças pudessem ficar até mais tarde em regime de ATL, é simplesmente vergonhoso o que estes pais contestam, podem e devem manter os vossos filhos na provada se esse é o vosso desejo, não podem e não devem é exigir que o estado português mantenha as privadas prejudicando as públicas, isso sim é inadmissível.

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  28. Caro canhoto,

    Em vez de se entreter a defender a esquerda e as suas políticas bacocas que nos hão-de infelizmente conduzir novamente à bancarrota, preocupe-se em saber o que acontece na escola e o que não deveria acontecer.
    Exemplos há inúmeros, mas deixo-lhe dois:
    1 – os professores deveriam trabalhar em prol dos alunos e não em seu próprio benefício, mas como não tem quem os controle, gozam quase 3 meses de férias pagas por todos os contribuintes;
    2 – o objecto da discussão deveriam ser os alunos, mas nas manifestações convocadas pelo Sr. Nogueira & Cª defende-se sempre as carreiras dos professores, os seus direitos alienáveis e as mordomias do costume.
    Pela defesa do ensino e/ou dos alunos vê-se sempre pouco ou nada.
    Por isso, este “fait-divers” dos contratos de associação assume tanta importância.

    Fala do dinheiro “desbaratado” pelo Estado nas escolas privadas… Vejo que nem sabe o que é uma escola privada, nem sabe a definição de desbaratar.

    Digo-lhe mais, nunca vi ninguém manifestar-se contra o executivo do pseudo Engº Sócrates por ter desbaratado mais de 5 mil milhões na criação de uma empresa estatal que entretanto se diz ter falido. Deve ser a isto que se refere quando diz: “é fartar vilanagem”!

    Acho inqualificável a sua prosápia em tom de superioridade. Fica-lhe mal e não constitui qualquer argumento válido.

    Mas tenho que lhe dar razão numa coisa. Diz que não há dinheiro. É verdade. Só não percebe a razão porque ele não existe, mas eu explico-lhe: o actual “acordo parlamentar de esquerda” mesmo não podendo orçamentalmente devolver os cortes feitos pelo anterior executivo, pôs-se a dar tudo a todos. Vai fazer falta em breve o vamos ter o FMI de novo à porta. Com isso, não vejo os portugueses (os amarelos, os vermelhos e os outros) a preocupar-se…!

    Tenha juízo.
    Não sei se está a perceber a “cena”…!

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  29. Eu não tenho filhos em idade escolar ( ainda faltam umas semanas para ela nascer) mas não seria justo uma resolução do género: eu tenho um filho e tu tens outro, todos com os mesmos diretos, um no público fica por exemplo a 250 euros por mês e no privado 500 euros. Eu se quiser o meu no privado devo conseguir ter acesso à quantia que me è devida por igualdade e suportar o resto pela escolha de o colocar no privado. Isso sim seria justo para todos.

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  30. Oh, Sr. Canhoto

    Devia mas era pintar a cara de preto.
    Antes de tornar públicos desta forma os seus pensamentos, uma pessoa deve informar-se. Ler um pouco. Saber a história e os fundamentos das coisas. Antes de tomar posição de uma forma tão desabrida.
    Lamento por si. E lembre-se, que para cada mão canhota há uma destra. Por algum motivo uma é destra e outra canhota 🙂

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  31. Dextra

    Embora a carta não esteja de acordo com as regras de uma carta escrita aberta, penso que a mensagem foi minimamente entendível para a maioria das pessoas que a conseguiram ler até ao fim. Só por isso já é merecedor dos meus parabéns!

    Confesso adepto da proteção das crianças, nesta carta, e confesso opositor ao facto deste problema já se arrastar há muito tempo,lamento discordar relembrando-o que por vezes os entendimentos entre as várias partes (ou cores, como lhe queira chamar), só não são concretizáveis quando a vontade para o fazer é nenhuma, ou se preferir, quando uns se julgam plenos de razão e poder sobre os que julgam ser mais fracos.

    A má vontade, a falta de humildade, a prepotência de alguns sobre os outros, ainda, é uma realidade em Portugal e, talvez, a solução passe por uma reforma educacional e intergeracional, que consiga reunir os valores morais perdidos há pelo menos 3 gerações.

    Infelizmente, a cada dia que passa, se vê mais pessoas olhando para os seus interesses em detrimento da verdade, da justiça, da educação, da tolerância e do amor pelo próximo, em todo o lado e de quem menos se espera.

    Mas fazendo usufruto das palavras do autor maior da Literatura Portuguesa da atualidade: “a estupidez vem de qualquer quadrante da nossa sociedade” e julgo que nisto estamos de acordo, o que me leva a dar-lhe pela segunda vez os parabéns, por conseguir ter, apesar de tudo, algum discernimento para constatar que uma situação destas não pode continuar.

    Lamento, contudo que não possamos esperar que sejam os outros a mudar quando nós próprios não conseguimos ver a nossa forma de estar na vida, num espelho mais próximo e mais sincero e tratamos os demais de forma diferente.

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  32. Uma familia está à mesa de jantar. Um dos filhos não gosta do comer à sua frente e quer ir jantar fora e pede dinheiro aos pais. Havendo comida ali, devem os pais chegar-se à frente? E trocando “comida” por “educação”? Continuo a não perceber porque é que ainda há discussões sobre isto…

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  33. Cara Dona Cristina, tem toda a razão quando diz que o dinheiro público é mal gasto, sobretudo quando é gasto com o privado.

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  34. Caro Rui Apolinário

    A resposta à pergunta parece-me simples. Queres ir comer fora?… Nada a obstar, mas primeiro vais trabalhar para ganhares algum dinheiro que te possa permitir dar-te ao luxo de não qureres a minha comida.
    Seria o que eu diria e faria numa situação destas.
    Em relação à educação parece-me que a resposta já foi dada no parágrafo acima, pelo que não me vou repetir.
    A si apetece-lhe ira ao cinema? Porque não vai?… porque consegue ver o eu filme gratuitamente pela internet, certo?

    Não queiramos ser Inácios mas também não o coloquemos totalmente de parte.

    Que discussão esta, que nada acrescenta ao problema, ainda por cima tendo sido levantada por uma pessoa como o “Canhoto”. A minha avó tinha por hábito dizer que os canhotos eram mais espertos porq viam o mundo de uma outra forma, mas eu confesso não ver forma nenhuma para além da pura critica.

    E em Portugal para criticar até o Miguel Sousa Tavares serve!

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  35. Quem paga verdadeiramente a dobrar é quem tem os filhos no ensino privado, paga com os impostos o ensino público de que não usufrui e as mensalidades do privado. Querer pagar apenas o que usa não é nenhum absurdo nem capricho. Mas em relação aos contratos de associação o problema primeiro tem a ver com a desacreditação do estado. As entidades que contratualizaram com o estado investiram para colmatarem uma deficiência do estado. O estado beneficiou assim de ‘ajudas de privado’ que com o esses investimentos pôde poupar na construção de uma série de escolas. É assim muito pouco sério e desacreditador, que o estado trate esses amigos do passado como gente ou coisas descartáveis no presente. Usa e deita fora. No mínimo tem de haver um período para adaptação orçamental que permita às escolas nestas circunstâncias encontrarem uma solução. Também a pretensão de que ´não há dinheiro´ é demagoga há estudos que comprovam que as turmas com contratos de associação são mais baratas para o estado e, além disso, pergunta-se, onde para agora o argumento ‘as pessoas não são números e o mais importante não é o dinheiro’ tão popular no tempo da ‘troika’? Pessoas e investimentos, dinâmicas socioculturais-económicas positivas não são passíveis de descarte. Sem um estado afiançável todo o investimento desaparecerá e a totalidade dos custos do estado serão a razão de uma carga fiscal cada vez mais insuportável e castradora de toda a liberdade!

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    • Fazendo uma extrapolação do princípio de “querer pagar apenas o que se usa”, teríamos que eu não pagaria impostos para pagar a justiça, nem os tribunais, porque não uso, nem as forças armadas porque não as uso, nem a polícia porque não a uso, nem obras que fossem feitas a mais de 2 km da minha casa, porque não as uso, nem hospitais fora da minha zona, porque não os uso, etc. etc.
      Conheço estados assim, são os não-estados: Somália, Líbia. Lá também só pagam o que usam. Têm é poucas infraestruturas para usar.
      Quanto aos “estudos” que “comprovam” que as turmas com contratos de associação são mais baratas para o estado, tretas de quem está a ver fugir a renda que o estado lhes vem pagando.
      A pergunta-cerne é esta: por que raio é que o OE tem de financiar escolas privadas em locais onde existe oferta pública instalada? E a resposta óbvia é: NÃO TEM, ponto.

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      • Vou só responder-lhe à última parte:

        Em 1º lugar, fale corretamente. Escolas com contrato de associação não são privadas.
        Em 2º lugar, os seus impostos não estão a ir para um serviço privado que faz dinheiro com isso: os seus impostos estão a ir para escolas que, ainda que com gestão privada, fazem SERVIÇO PÚBLICO, tal como as escolas estatais. Com o dinheiro dos seus impostos, a pequenina parte que vai para estas escolas são para turmas com as quais a escola não pode obter lucro, tal como na escola estatal (ou seja, nestas turmas, os alunos não podem pagar propinas/mensalidades, etc). No fundo, são turmas como as turmas do ensino estatal mas inseridas em escolas com gestão privada. Por favor perceba que NÃO PAGA para fazer lucro a estas escolas! As turmas que beneficiam destes contratos não podem ser exploradas pelas escolas; são turmas, se quiser, públicas, e tão públicas como as estatais!
        No entanto, as escolas são livres de proporcionar outro tipo de serviços a esses alunos, exatamente por terem gestão privada. Mas, claro, qualquer atividade fora do objetivo do orçamento de cada turma, deve ser custeada pelos alunos.
        Mas é facto que a gestão privada faz com 50 aquilo que a gestão pública faz com 100 ou 120. E, com isso, muitas vezes estas escolas conseguem oferecer mais aos alunos do que uma escola estatal conseguiria. Mas isso não é proibido!! É simplesmente conseguir ter uma gestão melhor do que a pública, mas que, repito, não é nem pode ser com esse orçamento que faz dinheiro. Esse orçamento é para os alunos.
        Se a gestão privada usa apenas 70% do orçamento (imaginando, claro, não são dados reais), os outros 30% são usados em favor dos alunos, e é por aí que muita gente prefere estas escolas. Oferecem mais do que as escolas estatais pelo financiamento que lhes é dado.

        E agora diz-me “ah e tal, sendo assim, se puséssemos todas as escolas com esse regime, todos os alunos iam ter acesso a esses extras que as estatais não conseguem dar porque a sua gestão não é tão eficiente”.

        Touché.

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      • Li o primeiro parágrafo e não acreditei!

        Então as escolas com contrato de associação, se não são privadas, são o quê? Se calhar foram construídas pelo Estado e eu não sabia. Que confusãozinha vai na sua cabecinha. Só por curiosidade, pode-me dizer quem é o detentor do capital social dessas escolas que diz serem privadas? Será que, se a minha empresa prestar um serviço ao Estado e receber por isso, deixa de ser uma empresa privada? Tenha dó!

        Quanto ao seu pobre argumentário do segundo parágrafo, as expressões “sinergias” ou “economia de escala” dizem-lhe alguma coisa? Ainda a vou ver dizer (correndo eu o perigo de sofrer de vergonha alheia) que as escolas perdem dinheiro com os contratos de associação!

        Essa de ser facto que a gestão privada faz com 50 o que a pública faz com 100 é peditório para o qual nunca dei, para além de carecer de prova. O último exemplo que me lembro são os Correios que davam lucro quando eram públicos e deram prejuízo depois de privatizados.

        Quanto ao que hipoteticamente eu poderia contra-argumentar, não se dê ao trabalho que, ao contrário do que presume no final, falhou o alvo.

        Responda-me, se conseguir à pergunta: deve o Estado celebrar contratos de associação com entidades PRIVADAS para prestação de um serviço que o próprio Estado já tem capacidade para o fazer?

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      • Em quase todos os países europeus existem, além de escolas estatais, também escolas independentes financiados pelo governo (escolas com contrato de associoção).
        Isso é uma coisa positiva, permitando uma diversidade pedagógico. É nada de excepcional no mundo.
        Abolir este sistema só por motivos de ideológia politica, vai isolar Portugal ainda mais. Depois da Grécia, Portugal já está o país mais pobre e o mais infeliz (veja a recente World Happines Report) da Europa.
        Você não percebe o dano que estão causando a longo prazo devido esta decisão? Esta decisão afeta a todos, mesmo aqueles que preferem uma escola estatal. Abra os olhos! Não caia na armadilha da demagogia e populismo dos alguns dos vossos políticos.

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  36. Ora vejamos:

    1) “O que vos faz ir para as ruas é a escola dos filhos de cada um de vós. O que me fez e faz e fará ir para a rua, e até escrever este texto, é a escola de todos os filhos. Nunca foi “a escola do meu filho”. Foi sempre A Escola. Não vos vi por lá nessa altura. Usando o vosso vocabulário, a “escola do meu filho” andava a pagar a “escola dos vossos filhos”.”
    – O que nos faz ir para as ruas é a justiça. Estamos a lutar por “nós” alunos das escolas com CA (que também sou estudante) e não pelos alunos do público ou do VERDADEIRO privado porque esses alunos neste momento não estão a ser retirados à força da escola onde querem estar, e se estivessem, lutaríamos por eles também. Chama-se DEFESA DA ESCOLA, não “defesa da escola com CA”. Perceba, se faz favor, que estamos a lutar pela ESCOLA, que neste caso é a com CA que está a ser atacada. ESCOLA é estatal, é com CA, e é privada. Em qualquer dos casos, é ESCOLA, e é essa que defendemos.

    2) “não percebem esta de nem sequer ter filhos e de, ainda assim, ter a obrigação de contribuir, pois não?”
    – Sim, eu acho que a maioria de nós percebe, muito obrigada. Os meus pais também pagam impostos que vão para pensões de reformados e a minha única avó está numa situação económica que digamos só que é culpa de uma ação bastante parecida com a que o Estado está a fazer agora com as nossas escolas. Se não fossem os meus pais a sustentá-la como se fosse apenas mais uma boca a alimentar com ajudas quase nulas, a minha avó estaria numa situação bastante complicada. Os meus pais, melhor do que muita gente, percebem essa “obrigação de contribuir” bastante melhor do que, se calhar, até o senhor. Sugiro que não fale daquilo que não sabe.

    3) “Acredito na Escola Pública (e não só porque o meu anda numa excelente escola pública). Acredito que o dinheiro até agora desbaratado pelo Estado em escolas privadas (já se deram sequer ao trabalho de perceber o que é “privado”?) vai contribuir, se aproveitado no Ensino Público, para a melhoria deste.”
    – Ora, ainda bem que estamos de acordo. Nós também acreditamos na escola pública! Tanto, que o ensino nestas escolas com CA é serviço público! Cheers, mate. E depois o tal dinheiro desbaratado nestas escolas… na verdade, estamos num impasse. Supostos estudos anteriores dizem que estas escolas saem mais baratas ao Estado. Supostos estudos recentes e NÃO DIVULGADOS dizem que a passagem destas turmas para o ensino estatal vai ficar mais barata.. Mas a verdade é que nenhum estudo revela, abertamente!, qual o custo por turma na estatal. Se o ensino estatal é realmente mais barato do que o ensino particular e cooperativo (NÃO PRIVADO, ao contrário do que o senhor julga dizer corretamente, mas na verdade é apenas mais falta de informação), então por que é que não há nenhum número tão bem esclarecido desse custo? Afinal, o custo do particular e cooperativo é bem sabido e toda a gente fala nele, mas no estatal, na ESCOLA DO POVO!.. não há números? E quanto à parte da melhoria do ensino, mais uma vez, não público mas estatal (que o Estado exige boas instalações do particular e cooperativo mas não dá fundos para isso), realmente há melhoria! Uma das escolas do meu concelho foi alvo da Parque Escolar e está que nem um aeroporto! Aqui há dias vi uma notícia de outra escola estatal alvo do mesmo projeto que teve direito a candeeiros do Siza que custavam uma enormidade cada um.. Melhorias para a frente! Mas esquecem-se do prejuízo de centenas de milhões? Esse também todos pagamos, não é verdade? Os meus pais não tiveram nada a dizer contra esse gasto enorme e mesmo assim tiveram a “obrigação de contribuir”. E continuam a contribuir para cobrir ainda os prejuízos que isso deu! Bravo, Estado, bravo.

    4) “precisamente por causa do dinheiro que o Estado despejou no Privado, ao invés de alimentar o Ensino Público, que é o único que lhe compete.”
    – Vira o disco e toca o mesmo..! Ora vejamos: a escola estatal tem fundos do Estado, fazendo com que o ensino fique grátis aos alunos; a escola particular e cooperativa tem fundos do Estado, fazendo com que o ensino fique grátis aos alunos. Imensas diferenças de umas escolas para as outras? Check! (not). A escola estatal tem gerência pública (aqui sim!) e há imensos casos em que as coisas são mal geridas. A escola particular e cooperativa tem gerência privada (aqui sim!) e, nem me venham com tretas a contrariar isto, é mais eficiente na sua gestão. É sabido que o que se faz com 100 na gestão pública se faz com 50 na gestão privada. A Parque Escolar é um bom exemplo, não precisamos de ir buscar outros. O que estava previsto ser feito com 100, acabou por ser feito com 1000. Nas mãos de quem? Do Estado. E ainda querem entregar o ensino público todo ao Estado? Se calhar, a verdadeira poupança seria nas mãos da gestão privada supervisionada pelo Estado, como tem sido com estas escolas. Que com menos consegue fazer mais porque, ao contrário das escolas estatais, têm as contas muito mais verificadas porque há muita desconfiança que o particular vá aldrabar nas contas.. mas lá está, vão ver a gestão pública e as contas aldrabadas que provocam centenas de milhões de prejuízo ao contribuinte (tão preocupado com o “QUEREM PRIVADO, PAGUEM! A MAMA DO ESTADO TEM QUE ACABAR!”), essas, nestas alturas, parecem-me esquecidas.

    5) “Mas disso nem vale a pena falar, seria demasiado para as vossas singulares e umbiguistas cabecinhas”
    – Hmm.. Acho que, mais uma vez, falta de informação é coisa que não lhe falta. Para além de já ter explicado a diferença de “defesa da escola” e “defesa da escola com CA”, dou-lhe um exemplo prático, da minha realidade, que sou aluna (ando na escola, percebe?), em vez de falar sem neste momento a frequentar. Conheço bem duas escolas do meu concelho: uma estatal e uma com CA. Na escola estatal, os pouco singulares e não “umbiguistas” dos meus colegas e professores não falaram UMA ÚNICA VEZ! do problema, tão atual, dos refugiados. Não se tocou no assunto nem sequer nas aulas de moral, segundo sei de fontes mais que seguras. Não houve praticamente nenhuma iniciativa da escola em sensibilizar os alunos para o problema, quanto mais incentivá-los a ajudar. Na escola com CA, os muito singulares e super “umbiguistas” dos meus colegas e professores não só foram super sensibilizados para a causa, como eles próprios ajudaram e contribuíram. Escreveram cartas de apoio e doaram o que puderam. Mais uma vez, sei de fontes mais que seguras. Se vai falar, mais uma vez, de coisas que não sabe, é melhor nem falar.

    6) “E não, não sou dono da razão, mas pago as minhas escolhas. Sejam dignos, façam o mesmo. Para além de que estão a fazer uma figurinha tão triste, àquele nível de um tipo sentir vergonha por acções de terceiros.”
    – Sabe que mais? Os meus pais também pagam. Os pais dos meus outros colegas da escola com CA também pagam. Toda a gente paga. Paga por serviço público, quer seja com gestão privada ou com gestão pública. O serviço é público, estas escolas fazem SERVIÇO PÚBLICO. E acha figura triste alguém lutar pelo que acha ser seu direito? Eu acho figura triste alguém ter uma opinião tão mal fundada e falar como se tivesse o rei na barriga quando uma aluna uns pares de anos mais nova que o senhor começa a desmontar o seu texto opinativo todo. Mas são opiniões, certo?

    7) “Essa luta é transversal à sociedade, esquerda ou direita. Tem a ver com distinguir o justo do injusto.”
    – Porém, outro ponto em que concordamos! Excelente! O justo, para mim, é sendo rico ou sendo pobre ter opção de escolha. Como vi ali um senhor a falar em inglês: “Don’t you Portuguese citizens find it a pity that you can only choose between expensive, exclusive private education and state funded and organized free public schools? Aren’t you jealous that the other European citizens in their countries can choose from a wide array of schools, all freely accessible?”
    Mr. Canhoto, aren’t you? Or are you too retarded in your time to even imagine this amazing possibility where public money doesn’t just go to plain public schools but to schools where other kinds of teaching is possible? Can we fast forward to the 21st century, please?

    8) “Escolheram bem a cor. Amarelo. Façam por não ser amarelos. Tentem ser de todas as cores ou assim. E poderemos proporcionar um futuro melhor a todos. Enquanto andarmos todos em singulares barquinhos a remos (não, vocês não estão todos no mesmo barco), não chegaremos a lado nenhum. Foi também pelo meu filho que escrevi estas palavras. Mas vocês nunca perceberão a diferença. Ainda assim, fica mais esta tentativa.”
    – Não sei quem escolheu o amarelo, mas acho a cor irrelevante. Tentamos defender a escola, com amarelo, vermelho ou azul às bolinhas, a defesa é para todos. O futuro, como disse acima, se calhar não é a escola estatal que temos hoje no nosso país mas sim outras opções, como por exemplo, as escolas com contratos de associação. É fácil: Portugal nunca foi dos países mais avançados da Europa e continua a não ser. E, se calhar, o melhor é seguirmos o exemplo dos outros europeus, que parecem ser sempre tão melhores que nós. Ainda que não goste nada de seguir massas, admito que alguns exemplos merecem ser seguidos e só assim vamos a algum lado. E Portugal parece-me que só ganhava em seguir estes exemplos, deixar os cubos de tijolo ideológicos de parte e avançar. Quanto a estarmos no mesmo barco, parece-me que sim. Tenho visto as escolas empenhadas em iniciativas para enfrentar esta grande dificuldade, e a manif amarela em Lisboa naquele domingo diz-me o mesmo. Foi também pelos filhos deles que os pais dos alunos destas escolas foram para lá. A diferença aqui são as ideologias que, infelizmente, até os social media parecem difundir informação sobre elas de forma muitas vezes enganadora. Já por isso é que o senhor não sabe a diferença entre uma escola pública e uma privada. Como tantos outros, sinceramente. A culpa não será só sua no que toca à informação enganadora e até à falta de qualquer informação.

    Por último, quero deixar dito que às partes a que não respondi ou não achei relevantes ou achei outras coisas. Enfim.
    Quero também agradecer o facto de que, pelo menos, não recorreu ao argumento dos “meninos ricos”. Isso demonstra alguma coisa (ou não, pode-se simplesmente ter esquecido.. eu espero que não).
    Saudações.

    PS- Sou aluna de uma estatal cuja mentalidade vai só um pouco mais além e não se deixa influenciar pelo clima “querem? paguem”.

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  37. Boa tarde, sou professor e já dei aulas em “ambas as escolas”. Enquanto contribuinte não me custa pagar ensino de qualidade que funciona e que ainda por cima é mais barato que o estatal. O que me custa é salvar bancos privados (já vamos em 10 mil milhões de euros) ou saber que foram gastos 2,4 mil milhões de euros a recuperar parte das escolas públicas (e muito bem), mas perceber que uma vez mais muito deste dinheiro foi mal gerido e poderia ter sido suficiente para recuperar todo o parque escolar nacional. Agora andamos a pagar a uma empresa privada torneiras de 500 euros e candeeiros de 900 e murais nas bibliotecas de 100 mil, enquanto que em muitas outras escolas continua a chover lá dentro, ou não têm refeitório ou pavilhão ou balneários ou biblioteca ou têm aulas em contentores ou……..Pelo que percebi, os seus filhos não andam em nenhuma escola pública “deste género”. A minha filha também não, mas tive de dar outra morada para também eu a colocar numa escola pública em que acredito no projeto educativo, na qualidade dos colegas que lá lecionam e onde me agradam as instalações físicas aí existentes.
    Só para se entreter um pouco e perceber que “desbaratar” dinheiro no ensino não se resume ao ensino particular…
    http://www.rtp.pt/play/p2283/e240178/sexta-as-9
    Cumprimentos
    Bruno C.

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