desTAPização: aflição, pressa e alívio

O que é dito nesta parte da crónica do Nicolau Santos, no Expresso Diário de hoje (vide imagem), é uma excelente demonstração de que a venda da TAP andou bem mais perto dos dez milhões do que doutra coisa qualquer (se é que esse dito “valor simbólico” não é para pagar a perder de vista; já nada me surpreende).

“Com o pêlo do próprio cão” é o dito perfeito para caracterizar esta sombria operação, feita à presa, em cima do joelho. Porque a TAP tinha, porque tinha, de ser vendida antes das eleições; logo, antes do Verão. E obviamente, o comprador geriu essa pressa toda em seu favor. Já agora, essa pressa foi bem mais danosa (e dolosa) do que dez meses de greve dos pilotos, que, diga-se, foram uns anjinhos (puseram-se a jeito) com a sua teimosa e inconsequente greve de dez dias. Isto porque nos bastidores já rolava a ignomínia, e a inditosa greve serviu de areia atirada aos olhos e, também, de desculpa para os “negociadores”.

E não deixa de ser “curiosa” a forma como o governo e o ora aliviado pr aceitaram vender a TAP a um norte-americano disfarçado de brasileiro disfarçado de dono da Barraqueiro. Nem eles acreditam que não será o mormon-azul a mandar na TAP.

Mas a pressa era muita e a aflição maior. A avença assim impõe. Porém, não demorará muito até que toda a verdade se saiba. Mas apenas porque o Efromovich, boliviano e brasileiro e colombiano e, convenientemente (desde 2012), polaco percebeu que foi aqui usado como marioneta. A não ser que lhe tapem a boca, e duvido que os anedóticos dez milhões sejam suficientes.

2 thoughts on “desTAPização: aflição, pressa e alívio

  1. Subscrevo na íntegra. Ou quase na íntegra. Porque tenho uma dúvida. Uma só.O palhaço de que fala o último parágrafo é tão palhaço como os outros ou é co-equipier da palhaçada única?

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